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Expectativa de crescimento do PIB para 2017 foi para o vinagre, antecipa economista

18 de Janeiro de 2017, 16:44 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O cenário econômico aponta para um desempenho mais fraco do que o previsto há apenas um mês e meio. Em Davos, na Suíça, onde se encontrava nesta quarta-feira o chefe da pasta, Henrique Meirelles, tentou enfatizar que haverá uma recuperação trimestral do PIB

 

Por Redação, com agências internacionais – de Davos, Suíça, e São Paulo

 

Diante da crise político-econômica que se agravou no país, após o golpe de Estado em Maio do ano passado, o Ministério da Fazenda indica que vai reduzir a expectativa de crescimento econômico do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017. O resultado negativo é previsto, apesar da aceleração na queda dos juros oficiais.

Meirelles, falando a bilionários em Davos, tentou passar algum otimismo, mesmo sem números fortes o suficiente para provar sua tese

Meirelles, falando a bilionários em Davos, tentou passar algum otimismo, mesmo sem números fortes o suficiente para provar sua tese

O cenário econômico aponta para um desempenho mais fraco do que o previsto há apenas um mês e meio. Em Davos, na Suíça, onde se encontrava nesta quarta-feira o chefe da pasta, Henrique Meirelles, tentou enfatizar que haverá uma recuperação trimestral. Ele acredita que a tendência é de alguma aceleração ao longo do ano. Mas, na realidade, os números mencionados por ele mesmo já ‘foram para o vinagre’, segundo um analista econômico ouvido pela reportagem do Correio do Brasil, em São Paulo.

Sem compras

Um dos pontos que reforça o passo atrás por parte da equipe econômica do presidente de facto, Michel Temer, é a queda nas vendas do comércio. O fluxo de clientes em shopping centers caiu 2,5% em dezembro sobre um ano antes. O dado é equivalente a 9,3 milhões de visitas a menos, mostrou o Iflux, índice do mercado de shoppings, desenvolvido pelo Ibope Inteligência e pela Mais Fluxo.

A pesquisa aponta que a maior queda no mês passado aconteceu na semana que antecedeu o Natal – de 17 a 24 de dezembro, com queda de 4,1% no fluxo ante o mesmo período do ano anterior. Nas duas primeiras semanas do mês houve acréscimo de 0,4% e declínio de 0,4%, respectivamente, com a última semana do ano mostrando recuo de 0,2%.

“Confirmando a tendência observada em meses anteriores, os shoppings que apresentam melhores resultados em dezembro são os classificados como ‘dominantes’ em seus mercados e os que atendem a um perfil de clientes mais qualificado – predominância de classe AB”, afirmou trecho do documento.

PIB fraco

Em linha com o raciocínio de Meirelles, a intenção de consumo das famílias caiu 1,7% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A queda foi provocada principalmente pela piora na perspectiva de compra a prazo (-11,9%), o que impacta, diretamente, no PIB deste ano.

Também houve quedas na avaliação sobre a renda atual (-6,9%), no nível de consumo atual (-5%) e na perspectiva profissional (-0,9%). Por outro lado, houve crescimento na avaliação sobre o emprego atual (1,2%), perspectiva de consumo (7,3%) e momento para a compra de bens duráveis (8,4%).

Na comparação com dezembro de 2016, a intenção de consumo das famílias manteve-se estável. Se por um lado, houve queda em componentes como o emprego atual (-1%) e a renda atual (1%), por outro, houve crescimento de 3,2% no momento para compra de duráveis e de 1,7% no nível de consumo atual.

Sem moradia

A queda nas vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista é outro fator que traduz a crise no país. O setor teve queda de 30,3% em novembro de 2016, na comparação com novembro de 2015. Os dados também foram divulgados pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

Foram comercializadas 1.724 unidades em novembro, contra 2.473 unidades no mesmo mês do ano anterior. Em relação a outubro, houve alta de 14,4%. No acumulado de janeiro a novembro de 2016, foram comercializadas 14.048 imóveis, 18,7% menos que o mesmo período em 2015.

A cidade encerrou o mês de novembro com a oferta de 24.968 residencias disponíveis para venda, resultado 1,6% superior a outubro e 8,2% menor em comparação a novembro de 2015. A oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos lançados nos últimos 36 meses.

Em novembro, 3.214 unidades residenciais foram lançadas, volume 45% superior a outubro e 8,8% inferior a novembro de 2015. De janeiro a novembro, foram ofertadas 15.603 residências, queda de 19,5% em comparação ao mesmo período de 2015.

Os imóveis de dois dormitórios predominaram em quase todos os indicadores da pesquisa, foram 758 residencias vendidas e 1.594 lançadas. Imóveis com área útil entre 45 metros quadrados (m²) e 65 m² predominaram nas vendas (584 unidades) e nos lançamentos (1.335 residencias), seguidos pelos imóveis com menos de 45 m², que tiveram 540 unidades vendidas e 754 lançadas.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/expectativa-crescimento-pib-2017-vinagre-antecipa-economista/

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