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Falência aumenta no país e cai confiança do consumidor

Settembre 14, 2016 16:47 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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No reflexo mais claro da crise econômica que atinge o país, desde as eleições, em 2014, o número de empresas que desapareceram, com a falência, é maior do que o das empresas que nasceram, o que ocorre pela primeira vez desde 2008, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a série histórica do Cadastro Central de Empresas (Cempre)

 

Por Redação – de São Paulo

 

A confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em setembro, após subir nos dois meses anteriores, com piora em quase todos os subíndices avaliados e destaque para as condições atuais, mostrou o indicador da Thomson Reuters/Ipsos divulgado nesta quarta-feira. O Índice Primário de Sentimento do Consumidor (PCSI, na sigla em inglês) caiu para 37,2 em setembro, ante 38,1 em agosto. Apesar da queda após dois meses de alta, o resultado ainda é o segundo melhor do ano, ficando atrás somente das leituras de agosto e janeiro (38,1).

O número de falências só faz aumentar, desde a crise política iniciada em 2014

O número de falências só faz aumentar, desde a crise política iniciada em 2014

O subíndice que avalia as condições atuais teve a piora mais acentuada em setembro, de 1,4 ponto, para 25,4. A segunda maior queda foi verificada no subíndice de empregos, que caiu a 26,9 em setembro ante leitura de 28,2 em agosto. O grupo de investimento saiu da máxima do ano alcançada no mês passado e caiu 1,1 ponto este mês, para 36,2.

O único subíndice a registrar avanço em setembro foi o de expectativas, que subiu 1,3 ponto, para 64,3, o maior patamar do ano.
O mais recente levantamento do índice de confiança do consumidor medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou alta de 2,6 pontos em agosto, a 79,3 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2015, com a melhora do sentimento com a situação atual.

Falências em série

No reflexo mais claro da crise econômica que atinge o país, desde as eleições, em 2014, o país fechou mais empresas do que abriu, o que ocorre pela primeira vez desde 2008, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a série histórica do Cadastro Central de Empresas (Cempre).

No reflexo mais claro da crise econômica que atinge o país, desde as eleições, em 2014, o número de empresas que desapareceram, com a falência, é maior do que o das empresas que nasceram, o que ocorre pela primeira vez desde 2008, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou a série histórica do Cadastro Central de Empresas (Cempre).

Segundo o IBGE, apesar do número significativo de empresas existentes em 2014, quando da última pesquisa, a taxa de saída de empresas do mercado cresceu 6,1 pontos percentuais, passando de 14,6% para 20,7%, em relação a 2013. Com isso, 944 mil empresas deixaram o mercado, em relação a 2013, o maior número desde 2008, no início da série histórica. No período, o número de empresas que entraram totalizou 726,3 mil.

Os dados, que fazem parte do Cadastro Central de Empresas, indicam que os salários e outras remunerações, pagos pelas entidades empresariais, totalizaram R$ 939,8 bilhões, com um salário médio mensal de R$ 2,03 mil, o equivalente a 2,8 salários mínimos mensais médios. O levantamento do IBGE indica que a idade média dessas empresas era de 10,6 anos.

Saída das empresas

A Demografia das Empresas 2014 mostra que, de um ano para outro, a saída de empresas do mercado ocorreu em todos os segmentos, com destaque para o de serviços, que aumentou 10,5 pontos percentuais; seguido das artes, cultura, esporte e recreação (8,7 pontos percentuais); construção (7,9 pontos percentuais); e informação e comunicação (6,8 pontos percentuais).
O estudo permite analisar as taxas de entrada, saída e sobrevivência das empresas, além da mobilidade e idade média de cada uma. A partir dele é possível, por exemplo, avaliar as empresas de alto crescimento e seu impacto sobre variáveis econômicas, como o número de pessoal ocupado assalariado.

Os dados do Cadastro Central de Empresas chamam a atenção para o fato de que, em 2014, foi registrado o menor número de entradas de empresas no mercado desde 2008, com a taxa de novas empresas caindo de 18,3% em 2013 para 15,9%, em 2014.
Com isso, segundo o IBGE, 726,3 mil novas empresas entraram em atividade naquele ano, com a taxa de sobrevivência ficando em 84,1%, neste caso a maior taxa da série. As informações indicam que 3,8 milhões de empresas sobreviveram às adversidades do mercado, volume inferior ao verificado em 2013.

À exceção do setor de eletricidade e gás, todas as atividades econômicas registraram queda nas taxas de abertura de empresas. As maiores reduções foram verificadas nas seções Indústrias extrativas (-4,9 pontos percentuais); construção (-4,0 pontos percentuais); e artes, cultura, esporte e recreação; e água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (ambas com -3,5 pontos percentuais). De 2013 para 2014, 944 mil empresas deixaram o mercado.

O Cadastro Central de Empresas é atualizado anualmente pelo IBGE a partir de informações levantadas junto às empresas dos setores da indústria, construção, comércio e serviços a partir de registros do Sistema de Manutenção Cadastral (Simcad), do próprio Cempre, e também de dados administrativos do Ministério do Trabalho.

Comércio concentra

Os dados indicam que o comércio se destaca como o setor que concentra o maior número de empresas, sendo a atividade que apresentou tanto os maiores ganhos quanto as maiores perdas em pessoal ocupado assalariado, provenientes dos movimentos de entrada e saída de empresas em 2014.

Pelos números levantados pela pesquisa, em 2014 o comércio concentrava 44,9% do total de empresas existentes, o equivalente a 2 milhões de estabelecimentos, também se destacando em relação ao número absoluto de empresas que entraram no mercado (289,3 mil); que saíram (437,7 mil); e que sobreviveram (1,8 milhões), o equivalente a respectivamente 39,8%, 46,4% e 45,8% do total das empresas para cada movimento.

Sobrevivência

Segundo o Cadastro Central de Empresas, 39,6% das 694,5 mil empresas que nasceram em 2009 ainda estavam ativas no mercado em 2014 – ou seja, cinco anos após a sua criação, mais de 60% das empresas não sobreviveram. No período 2010-2014, as seções de atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais, com 55,3% do total; atividades imobiliárias (51,5%); e atividades profissionais, científicas e técnicas (47,3%).

Os dados mostram que, do total das 4,6 milhões de empresas ativas em 2014, 31,2 mil – o equivalente a 0,7% – eram de alto crescimento, pois apresentaram aumento médio do pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três anos, tendo pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de sua criação.

Em 2014, 488,8 mil empresas tinham 10 ou mais pessoas ocupadas, representando 6,4% do total. Eles respondiam por 4,5 milhões do total do pessoal ocupado, o equivalente a 15,4% do total assalariado, sendo que as atividades administrativas e de serviços complementares representavam a maior proporção de assalariados em empresas de alto crescimento: 28,3%.

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Source: http://www.correiodobrasil.com.br/falencia-aumenta-pais-cai-confianca-consumidor/

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