Esse é o melhor número trimestral já registrado pela marca em toda a sua história. Nos primeiros três meses de 2016, a Ferrari atingiu lucro de 78 milhões de euros, sem participação da Fiat
Por Redação, com agências internacionais – de Torino, Itália
No primeiro ano após sua separação da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), a Ferrari segue batendo recorde atrás de recorde em seus resultados. A montadora italiana fechou o terceiro trimestre de 2016 com lucro líquido de 113 milhões de euros. Traduz-se em um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse é o melhor número trimestral já registrado pela marca em toda a sua história. Nos primeiros três meses de 2016, a Ferrari já tinha atingido um inédito lucro de 78 milhões de euros.
— Trimestre recorde. Não tenho nenhuma notícia negativa para dar — declarou o presidente e CEO da montadora, Sergio Marchionne.
A empresa também teve crescimento de 8,3% nas receitas líquidas, que chegaram a 783 milhões de euros. Além disso, seu endividamento industrial caiu para 585 milhões de euros. No terceiro trimestre, a Ferrari comercializou 1.978 unidades, 29 a mais que no mesmo período do ano anterior (+1,5%).
Esse crescimento se deve sobretudo às vendas de modelos 12 cilindros (V12), como a F12 tdf e a GTC4 Lusso, que tiveram incremento de 15%. O objetivo da Ferrari é encerrar o ano com 8 mil carros vendidos e receitas superiores a 3 bilhões de euros.
Este é o primeiro ano da Ferrari após sua separação do grupo Fiat Chrysler Automobiles, um processo concluído no início de janeiro de 2016. Seus acionistas continuam sendo os mesmos da FCA, mas agora a montadora de luxo opera de forma independente. Além disso, ela está listada nas bolsas de Milão e Nova York.
No Brasil
No Brasil, o mercado automotivo brasileiro deve crescer cerca de 5% no próximo ano, disse nesta terça-feira Carlos Eugênio Dutra, diretor da FCA, na América Latina. Mesmo sem o charme da Ferrari no portfólio, a FCA espera atingir equilíbrio financeiro na América do Sul, em 2016.
Já o presidente da concorrente General Motors no Brasil, Carlos Zarlenga estimou, nesta terça-feira, que o mercado nacional terá vendas de 2,4 milhões de carros e comerciais leves, em 2017. Faz os cálculos ante projeção de vendas de 2,1 milhões de unidades neste ano.
— Acreditamos que o mercado vai acelerar na segunda metade do próximo ano — disse o presidente da GM Brasil, Carlos Zarlenga.
Investimentos
A montadora norte-americana está investindo R$ 13 bilhões entre 2014 e final de 2019 no Brasil, mas o executivo evitou fazer projeções específicas de vendas da montadora no país.
— A projeção para o mercado é baseada na melhora da confiança do consumidor, a grande demanda reprimida neste período de três anos de crise e o cenário de redução de juros, além disso, o desemprego parou de piorar — explicou Zarlenga.
O executivo comentou ainda que a GM não pretende fazer cortes significativos de pessoal no país. A empresa, disse, “já está ajustada para o mercado” brasileiro. A companhia emprega 16 mil trabalhadores no Brasil, de acordo com Zarlenga.
Ele defendeu melhora da competitividade do país nas exportações, afirmando que atualmente o Brasil tem um único mercado relevante para as vendas externas, a Argentina.
— Precisamos de eficiência, não de incentivos. Estamos perdendo para México e Ásia e poderíamos ter condições de operar 5 milhões de unidades — concluiu.
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