Somente em 2016, 41 ônibus já foram atacados no Rio de Janeiro. De acordo com levantamento da Fetranspor, nos últimos 12 meses 43 veículos saíram de circulação por ataques criminosos
Por Redação, com ARN – do Rio de Janeiro:
A Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) divulgou nota nesta terça-feira para manifestar seu repúdio aos ataques a dois ônibus ocorridos na noite desta segunda-feira, na avenida Brasil, altura de Cordovil, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Somente em 2016, 41 ônibus já foram atacados no Rio de Janeiro
Os dois ônibus foram incendiados na pista lateral do sentido Centro da via expressa, próximo ao Mercado São Sebastião, na Penha, Zona Norte da cidade. Bombeiros dos quartéis da Penha e de Parada de Lucas foram acionados para combater as chamas. De acordo com a corporação, ninguém ficou ferido.
Segundo a Federação, o ônibus da linha 342 (Jardim América x Castelo) foi completamente destruído pelas chamas. Já o coletivo da linha 444L (Piabetá x Penha) foi parcialmente incendiado. Homens do Corpo de Bombeiros agiram rapidamente e conseguiram controlar o fogo. Ao todo, 151 veículos já sofreram ataques no Estado do Rio desde 2014.
Somente em 2016, 41 ônibus já foram atacados no Rio de Janeiro. De acordo com levantamento da Fetranspor, nos últimos 12 meses 43 veículos saíram de circulação por ataques criminosos. Com isso, o estado do Rio contabiliza um veículo inutilizado a cada oito dias.
A reposição da frota destruída está estimada em mais de R$ 20 milhões. Para repor um veículo incendiado é preciso até seis meses entre encomenda, montagem, entrega e licenciamento. Durante esse período, 70 mil passageiros (cada ônibus urbano) ou 210 mil passageiros (articulado) deixam potencialmente de ser transportados.
A reposição pode ser dificultada num cenário de crise no setor, como o atual – seis empresas paralisaram suas atividades no último ano na capital, por causa das dificuldades financeiras e das condições de financiamento mais rígidas na linha de crédito de bancos públicos e privados para compra de ônibus.
Manifestação
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a Rua Primeiro de Março, no Centro da cidade, ficou interditada, assim como a Avenida Presidente Antônio Carlos, devido a uma manifestação em frente a Alerj.
O trânsito foi desviado para a Avenida Almirante Barroso. Há retenções na região. Agentes da CET-Rio atuaram nos principais pontos de bloqueio.
Os motoristas puderam optar pelos túneis Santa Bárbara e Rebouças e pelo Aterro do Flamengo, que apresentaram boas condições de tráfego. Na Lapa, outra opção de rota alternativa, houve pontos de retenção na Avenida Mem de Sá.
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