Por Redação, com Reuters – de Zurique/Frankfurt/Bogotá:
Para a eleição de 26 de fevereiro do próximo ano, a Fifa informou nesta quinta-feira que aceitou cinco candidatos à presidência da organização. Em comunicado, a organização sediada em Zurique informou que os candidatos são: príncipe Ali Al Hussein, xeique Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, Jérôme Champagne, Gianni Infantino e Tokyo Sexwale.
Dos sete possíveis candidatos nomeados no mês passado, Michel Platini e Musa Hassan Bility não foram aceitos. A decisão pode ser alvo de recurso na Corte Arbitral do Esporte.
Uma investigação do comitê de ética da Fifa apontou relatos de pagamento equivalente a 2 milhões de dólares da Fifa para Platini em 2011, nove anos depois de ter concluído um período de trabalho para Blatter como conselheiro.
Blatter recebe alta
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, que está suspenso pelo comitê de ética da organização, recebeu alta do hospital onde foi internado na sexta-feira para um check-up após sentir-se mal, disse seu assessor Klaus Stoelhker à agência inglesa de notícias Reuters TV.
– Ele precisou ficar alguns dias no hospital, mas agora saiu, ele está em casa, em Valais. Ele está muito feliz e está relaxando alguns dias até o início da próxima semana, então estará de volta – disse Stoelhker durante entrevista nesta quinta-feira.
Blatter, de 79 anos, foi suspenso no mês passado por 90 dias pelo comitê de ética da Fifa para ser investigado sobre pagamento suspeito ao presidente da Uefa, Michel Platini.
Sob os termos da suspensão, Blatter não tem permissão para entrar na sede da Fifa ou em qualquer estádio de futebol na posição de dirigente esportivo.
A Fifa está em crise desde que 14 executivos de marketing esportivo e dirigentes, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram indiciados pela Justiça dos EUA, em maio, por suspeita de envolvimento em esquema milionário de corrupção.
Federação alemã
O presidente da federação alemã de futebol (DFB), Wolfgang Niersbach, renunciou ao cargo na última segunda-feira em meio ao escândalo envolvendo a escolha da Alemanha para sediar a Copa do Mundo de 2006 que gerou grande pressão e abalou a reputação da maior federação nacional de futebol do mundo.
Niersbach, que está sendo investigado por suposta evasão fiscal por conta do episódio, disse estar assumindo a responsabilidade pelo controverso pagamento de 6,7 milhões de euros (US$ 7,22 milhões) para a Fifa que, supostamente, foi usado para subornar autoridades da entidade para que votassem na Alemanha como sede do Mundial.
Ele voltou a negar qualquer irregularidade.
– Para proteger a DFB e o cargo, renuncio à presidência com pesar no coração – disse Niersbach a jornalistas. “Decidi renunciar porque percebi que preciso assumir a responsabilidade política.”
No centro das investigações está um pagamento feito em 2005 que a revista alemã Der Spiegel afirma ser a devolução de um empréstimo feito pelo então presidente-executivo da Adidas, Robert-Louis Dreyfus, para ajudar a comprar votos para a bem-sucedida candidatura alemã para sediar o Mundial de 2006 na eleição para escolha da sede realizada pela Fifa em 2000.
– Eu estava lá desde o primeiro dia da candidatura para a Copa do Mundo de 2006 até o final… por todos esses anos eu trabalhei não só de maneira limpa, mas com paixão e confiança – disse mais tarde Niersbach em comunicado da DFB.
Federação colombiana
O presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luis Bedoya, renunciou ao cargo por motivos pessoais, informou na segunda-feira a entidade.
Bedoya, que estava no cargo desde 2006, é um dos três vice-presidentes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e representa a organização no Comitê Executivo da Fifa.
– Por motivos de caráter pessoal e em uma comunicação dirigida aos membros do Comitê Executivo, Luis Bedoya Giraldo apresentou sua renúncia irrevogável como presidente e membro do Comitê Executivo da Federação Colombiana de Futebol a partir desta data – disse em comunicado oficial.
Para o lugar de Bedoya, a FCF nomeou Ramón Jesurun, atual vice-presidente da entidade.
O comunicado da FCF não fez nenhuma referência ao escândalo de corrupção na Fifa, que já resultou na prisão de 14 pessoas.
Autoridades dos Estados Unidos acusaram no final de maio vários dirigentes de alto nível da Fifa, na sua maioria latino-americanos, de estarem envolvidos em casos de pagamentos de subornos que somam mais de US$ 150 milhões durante mais de duas décadas.