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Forças da Turquia tentam impedir que curdos assumam controle de Jarablus

20 de Janeiro de 2016, 10:24 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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As Forças Armadas da Turquia, que concentram tropas perto da fronteira com a Síria, enviaram à região meios de desativação das minas e foguetes

Por Redação, com agências internacionais – de Cabul/Londres/Beirute:

As Forças Armadas da Turquia iniciaram a preparação para operação de libertação do território estrategicamente importante do distrito de Jarablus, na província síria de Aleppo, até agora controlado por militantes do Estado Islâmico.

Segundo a informação recebida pela Sputnik através de fontes na região, o exército turco deu ordem às unidades turcomenas que fazem parte do Exército Livre da Síria de impedir que Jarablus passe para o controle das forças de autodefesa curdas ligadas ao Partido da União Democrática (PYD, na sigla em curdo).

As Forças Armadas da Turquia, que concentram tropas perto da fronteira com a Síria, na terça-feira de tarde enviaram à região meios de desativação das minas e foguetes instaladas pelos militantes do Estado Islâmico em Jarablus. Neste momento, os veículos especiais estão esperando pela permissão de atravessar a fronteira turco-síria, na área do posto fronteiriço de Karkamis.

O grupo terrorista EI (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se “califado mundial” em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad.

As Forças Armadas da Turquia iniciaram a preparação para operação de libertação do território estrategicamente importante do distrito de Jarablus
As Forças Armadas da Turquia iniciaram a preparação para operação de libertação do território estrategicamente importante do distrito de Jarablus

Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.

Não há uma frente unida de combate contra o Estado Islâmico: contra o grupo lutam forças governamentais da Síria (com apoio da aviação russa) e do Iraque, a coalizão internacional liderada pelos EUA (limitando-se a ataques aéreos), assim como milícias xiitas libanesas e iraquianas. Uma das forças mais eficazes que combatem o EI são as milícias curdas, tanto no Curdistão iraquiano, como no Curdistão sírio.

Morte de Jihadi John

O grupo extremista “Estado Islâmico” (EI) confirmou na terça-feira a morte do jihadista britânico conhecido como Jihadi John, afirmando que ele morreu durante um ataque com drone no reduto da organização extremista em Raqqa, na Síria, em novembro.

Nascido Mohammed Emwazi no Kuwait, Jihadi John era tido como o carrasco do grupo jihadista e apareceu usando uma máscara em vários vídeos de decapitações de reféns ocidentais.

Na sua revista digital, o grupo diz que Emwazi morreu em 12 de novembro de 2015, “quando o carro em que seguia foi alvo de um ataque com drone na cidade de Raqqa, o que destruiu o automóvel e o matou instantaneamente”.

Na época, os militares americanos disseram ser “razoavelmente certo” que Emwazi teria sido morto no ataque.

Emwazi nasceu no Kuwait em 1988 e foi levado pela família para o Reino Unido quando tinha 6 anos. Em Londres, ele se formou em programação de computadores.

Síria denuncia Turquia

O Ministério das Relações Exteriores da Síria endereçou ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança uma carta denunciando violações sistemáticas de sua fronteira pelo exército turco.

– Damasco exigiu que Ancara interrompa imediatamente as agressões contínuas perpetradas pelas forças armadas turcas contra a integridade territorial ea segurança da Síria e de seu povo – diz a carta.

No documento, o Ministério das Relações Exteriores sírio também pediu que “o Conselho de Segurança da ONU cumpra os seus compromissos, pondo fim aos ataques e preservando a segurança no mundo em geral”.

A diplomacia síria ainda destacou que Damasco “se reserva o direito de responder” às ações da Turquia, assim como exigir uma indenização pelos danos causados.

 


Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/forcas-da-turquia-tentam-impedir-que-curdos-assumam-controle-de-jarablus/

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