Sylvie Goulard pede para ficar de fora do governo Macron em meio a escândalo de empregos fictícios no Parlamento Europeu, supostamente criados por sua legenda. “Desejo estar em condições para demonstrar minha boa-fé
Por Redação, com DW – de Paris:
A ministra francesa da Defesa, Sylvie Goulard, anunciou nesta terça-feira sua renúncia ao cargo em meio a um escândalo de empregos fictícios envolvendo seu partido, o Movimento Democrático (MoDem).
Sylvie Goulard foi nomeada para o cargo de Ministra da Defesa em maio deste ano
Goulard, que atuou como eurodeputada de 2009 a maio deste ano, disse que não poderia permanecer no governo por poder vir a ser alvo de uma investigação. Seu partido, aliado do partido República em Marcha! (LREM), do presidente Emmanuel Macron, é alvo de um inquérito por suposto uso abusivo de recursos do Parlamento Europeu na contratação de assistentes fictícios.
– Desejo estar em condições para demonstrar minha boa-fé – afirmou a ministra, nomeada por Macron em maio. “A honra do nosso Exército, dos homens e mulheres que põem suas vidas em risco. Não deve ser misturada com as controvérsias que nada tem a ver com eles.”
No dia 9 de janeiro deste ano, foi aberto um inquérito para averiguar se o MoDem usou recursos europeus. Para pagar o salário de funcionários do partido na França, que teriam assinado contratos como assistentes no Parlamento Europeu. O líder do partido, o ministro da Justiça François Vayrou, nega as acusações.
Macron
Na segunda-feira, Macron anunciou a remodelação do governo logo após conquistar maioria absoluta no Parlamento francês nas eleições legislativas do último domingo.
Macron aceitou a renúncia de Goulard, dizendo respeitar a escolha dela. A saída dela é a segunda baixa no ministério do novo presidente. Nesta segunda-feira, Macron pediu que Richard Ferrand, ministro da Coesão Territorial e ex-secretário-geral do LREM. Deixe o governo por ser alvo de uma investigação em um caso de suposto nepotismo.
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