Por Redação, com DW – de Paris:
O primeiro turno das eleições regionais na França, neste domingo, foi observado de perto como um barômetro do sentimento eleitoral após os atentados de Paris. Os partidos tradicionais estão cada vez mais preocupados com o que veem como uma perigosa guinada à direita.
De acordo com pesquisas eleitorais, o partido Frente Nacional (FN), chefiado por Marine Le pen, deve receber por volta de 30% dos votos, tornando-se assim a principal força no primeiro turno das eleições regionais.
A populista de direita Marine Le Pen viu fortalecida a sua política nacionalista e anti-imigratória após os ataques em Paris, que deixaram 130 mortos e 350 feridos no último dia 13 de novembro.
As pesquisas apontam ainda que a ala conservadora de centro-direita chefiada pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy deverá obter 29% dos votos franceses deste domingo. Por outro lado, o Partido Socialista, do atual presidente Nicolas Sarkozy, irá sofrer, provavelmente uma dura derrota: somente 22% dos votos devem ir para os socialistas, segundo as pesquisas.
A decisão sobre o futuro equilíbrio de poder regional será tomada somente no segundo turno eleitoral em 13 de dezembro. Nessa segunda eleição poderão participar todos os partidos que obtiveram mais de 10% dos votos no primeiro turno. Na segunda rodada eleitoral, os socialistas poderão ainda contar com o apoio dos verdes e do Partido de Esquerda. Segundo as pesquisas, esses dois últimos partidos deverão obter juntos 11% dos votos.
Mais de 46 milhões de franceses estão aptos a escolher os representantes parlamentares das regiões recém-formadas, após uma reforma que reduziu de 22 para 13 as unidades administrativas da França. O aumento de tamanho das regiões deve ampliar a sua competitividade internacional. Há ainda cinco departamentos ultramarinos.
As eleições regionais são a última votação importante antes das eleições presidenciais no início de 2017. Uma vitória tem um alto valor simbólico. Marine Le Pen pretende se tornar presidente regional da região Norte-Passo de Calais-Picardia, no norte do país. Seu objetivo, no entanto, é assumir o poder no Palácio do Eliseu.
Depois dos atentados, as eleições acontecem sob fortes medidas de segurança. Os locais de votação estão sendo vigiados por militares e pela polícia.
