A determinação do general foi aprovada em uma reunião interna do PRTB, partido capitaneado por Levy Fidelix, no qual está filiado o eventual substituto de Bolsonaro, entre outros militares graduados das Forças Armadas que integram a equipe do capitão reformado do Exército.
Por Redação – de São Paulo
General reformado, o candidato a vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) ingressou, nesta quarta-feira, com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que possa substituir o cabeça de chapa, Jair Bolsonaro (PSL) em entrevistas à TV e debates eleitorais. Radical de direita, Mourão tomou a atitude sem consultar a direção de campanha ou a Comissão Executiva do PSL, antes de protocolar a ação judicial.
Mourão diz que torturador é um de seus ícones e tenta aplicar um golpe em seu próprio partidoA determinação do general foi aprovada em uma reunião interna do PRTB, partido capitaneado por Levy Fidelix, no qual está filiado o eventual substituto de Bolsonaro, entre outros militares graduados das Forças Armadas que integram a equipe do capitão reformado do Exército.
— Neste momento o Mourão pode ficar como (candidato a) presidente. O Bolsonaro pode ficar 40 dias no hospital, não vamos perder esse tempo — disse Fidelix, a jornalistas do diário especializado Valor Econômico, de propriedade das Organizações Globo.
Vitimização
O general foi escolhido como vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), segundo explicou Eduardo, um dos filhos do deputado, por ser alguém “que não compense correr atrás do impeachment”. O general reformado, no entanto, acaba de aplicar um golpe velado no líder, enquanto este se recupera de um suposto atentado sofrido na última quinta-feira.
Mourão, no entanto, já havia discordado, publicamente, do foco excessivo da campanha em Bolsonaro, que se passa por vítima de uma tentativa de homicídio. Segundo Mourão, “esse troço (o possível atentado contra o representante do fascismo) já deu o que tinha que dar. É uma exposição que eu julgo que já cumpriu sua tarefa. Ele (Bolsonaro) vai gravar vídeo no hospital, mas não naquela situação, não propaganda.
— Vamos acabar com a vitimização, chega — concluiu.