Segundo o general Santos Cruz, que exerceu o comando das tropas brasileiras, no Haiti, se alguém “fizer uma análise das bobagens que se têm vivido, é um negócio impressionante”.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Em sua primeira manifestação pública após a demissão da Secretaria de Governo da Presidência da República na semana passada, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz acionou o gatilho da metralhadora e não poupou críticas ao governo do ex-capitão Jair Bolsonaro (PSL).
O general Santos Cruz já exerceu comando de tropas brasileiras no Haiti, pelas Nações UnidasA atual gestão deveria parar de perder tempo com “bobagens” para focar no que é importante, disse o general, em entrevista a uma publicação semanal das Organizações Globo.
— Tem de parar de criar coisas artificiais que tiram o foco — acrescentou.
Sobre as críticas das quais foi alvo por parte de Olavo de Carvalho, avaliou que há um limite.
— Discordâncias são normais, mas atacar as pessoas em sua intimidade, isso acaba virando uma guerra de baixarias. Tem de aproveitar essa oportunidade para tirar a fumaça da frente para o público enxergar as coisas boas, e não uma fofocagem desgraçada — criticou.
Ofensas
Ainda segundo o militar, que exerceu o comando das tropas brasileiras, no Haiti, se alguém “fizer uma análise das bobagens que se têm vivido, é um negócio impressionante”.
— É um show de besteiras. Isso tira o foco daquilo que é importante. Tem muita besteira. Tem muita coisa importante que acaba não aparecendo porque todo dia tem uma bobagem ou outra para distrair a população, tirando a atenção das coisas importantes. Tem de parar de criar coisas artificiais que tiram o foco. Todo mundo tem de tomar consciência de que é preciso parar com bobagem — atirou Santos Cruz.
Para o militar, “não é porque você tem liberdade e mecanismos de expressão, Twitter, Facebook, que você pode dizer o que bem entende, criando situações que atrapalham o governo ou ofendem a pessoa”.
— Você discordar de métodos de trabalho é normal, até publicamente. Discordâncias são normais, de modo de pensar, modo de administrar, modo de fazer política, de fazer coordenação. Mas, atacar as pessoas em sua intimidade, isso acaba virando uma guerra de baixarias — concluiu.