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Governo volta a reduzir despesas em meio ao crescimento da instabilidade

March 22, 2019 16:23 , par Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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No relatório bimestral de receitas e despesas divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Economia, o time econômico reduziu a receita líquida vista para o ano em 26,182 bilhões de reais, a R$ 1,274 trilhão.

 

Por Redação, com Reuters – de Brasília

 

O governo anunciou um contingenciamento de R$ 29,8 bilhões nas despesas para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano, após revisar para baixo as receitas contabilizadas para 2019, esperando menos royalties de petróleo e uma arrecadação mais tímida em função da lenta retomada econômica.

Ministro da Economia, Paulo Guedes não tem conseguido promover o desenvolvimento do país com as medidas adotadas

No relatório bimestral de receitas e despesas divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Economia, o time econômico reduziu a receita líquida vista para o ano em 26,182 bilhões de reais, a R$ 1,274 trilhão.

— Estamos fazendo esse contingenciamento em função da nossa prudência, do zelo fiscal, do cuidado com as contas públicas, já tendo à margem vários sinais positivos de recuperação da economia — disse o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, em coletiva de imprensa.

Royalties

Com a exploração de recursos naturais, linha sensibilizada sobretudo pela arrecadação com royalties do petróleo, o governo diminuiu sua expectativa de receita em R$ 11,615 bilhões “devido principalmente à reestimativa do valor do preço do barril de petróleo e a mudança de parâmetros cambiais”.

Agora, o governo vê o preço médio do barril de petróleo a US$ 65,4 em 2019, sobre US$ 74 antes. Para a taxa de câmbio média, a expectativa passou a ser de R$ 3,7 por dólar, sobre R$ 3,6 antes.

No documento, o governo também calculou uma queda de R$ 11,160 bilhões nas receitas administradas pela Receita Federal em função de menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Concessões

Em meio à lenta tração da economia, o governo passou a ver uma expansão de 2,2% do PIB neste ano, abaixo do patamar de 2,5% da Lei Orçamentária Anual (LOA), mas ainda melhor que a estimativa de 2,01% dos economistas em pesquisa Focus mais recente.

Apesar de o governo ter retirado da conta de concessões a previsão de R$ 12,2 bilhões com descotização de usinas hidrelétricas da Eletrobras, foram elevadas as previsões em outras frentes, com destaque para R$ 8,35 bilhões que passaram a ser esperados com o bônus de assinatura da 6ª rodada de partilha e da 16ª rodada de concessão de blocos exploratórios de petróleo e gás.

Ajudando a engordar as concessões, o governo também incluiu uma receita de R$ 2,38 bilhões com a outorga da 5ª rodada de concessões de aeroportos e de R$ 1,4 bilhão por outorga da usina hidrelétrica de Porto Primavera, associada à privatização da CESP.
Com isso, o resultado líquido esperado para as concessões ganhou um acréscimo de R$ 1,292 bilhão no ano.

— A retirada de recursos com privatização da Eletrobras foi feita por princípio prudencial, não consideraremos nesse momento, mas voltaremos a considerá-la tão logo tenhamos indícios materiais que a privatização acontecerá neste ano — disse Rodrigues.

Déficit

Na outra ponta, o governo reviu para cima sua estimativa de despesas em 2019 em 3,611 bilhões de reais, a R$ 1,442 trilhão.

O destaque nesse caso foi para o acréscimo de R$ 6,526 bilhões em gastos com créditos extraordinários no ano, em grande parte pela inscrição de restos a pagar por subvenção ao diesel e reabertura de créditos extraordinários para o Ministério da Defesa. A meta de rombo primário deste ano é de R$ 139 bilhões para o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), sexto dado consecutivo no vermelho, ressaltando o forte desequilíbrio fiscal do país.

O governo do presidente Jair Bolsonaro foi eleito com a promessa de zerar o déficit das contas públicas já neste ano e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou publicamente que trabalhará neste sentido.

Cessão onerosa

Mas diante do sucessivo descasamento entre receitas e despesas no país, agravado pela rigidez de gastos obrigatórios como com Previdência e com a folha de salário do funcionalismo, a tarefa só será possível mediante arrecadação de receitas extraordinárias, como com o leilão do excedente do pré-sal, que pode render à União mais de R$ 100 bilhões.

O processo, contudo, ainda depende de uma série de definições, como a revisão do contrato da cessão onerosa com a Petrobras.


Source : https://www.correiodobrasil.com.br/governo-reduzir-despesas-crescimento-instabilidade/

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