Na outra ponta, o governo perdido na sua imunocompetência, tentando ganhar popularidade apostou em mostrar o Bolsonaro e o Moro nos jogos de futebol do Flamengo e da seleção.
Por Maria Fernanda Arruda – do Rio de Janeiro
Muita gente saiu as ruas em todas as capitais; no Rio , São Paulo,Ceará,Porto Alegre e BH; a convocatória foi imensa. Temos que continuar com essa pegada.
Além dos professores e bancários, a greve geral contou com a adesão massiva dos trabalhadores do transporte coletivo urbanoA policia truculenta reprimiu e atacou os manifestantes., mas isso não vai impedir que jovens estudantes, trabalhadores e idosos ocupem as ruas pedindo a queda do Bolsonaro.
A luta está centralizada no eixo do rechaço ao corte no orçamento da educação e contra a reforma da previdência.
O movimento tem caraterísticas de independência e pluralidade de ideias, superando na ação o caráter paralisante da postura dos governadores de todos os partidos incluindo o PDT, PT e PCdoB que aprovaram a reforma.
O Bolsonaro
Na outra ponta, o governo perdido na sua imunocompetência, tentando ganhar popularidade apostou em mostrar o Bolsonaro e o Moro nos jogos de futebol do Flamengo e da seleção.
Mas não adianta essa jogada de marqueting por que o governo racha todos os dias. Bolsonaro mudou o terceiro ministro de seu gabinete apos brigas internas entre a base militar e a base ideológica/familiar (Olavo e seus filhos).
Além destas brigas e das desastrosas declarações do Bolsonaro contra os grupos LGTB , a pior das crises que atinge o governo, diz Mourão, é a guerra cibernética: as denuncias deflagraram que o Moro atuou de forma tendenciosa na Lava Jato e confirmam que existiu um plano dentro do judiciário para materializar o golpe contra Dilma e inviabilizar a candidatura do Lula.
A burguesia, o jornalismo (O Globo e a Veja) abandonaram o Moro que ainda se sustenta mesmo desmoralizado pelos áudios e troca de mensagens com os procuradores.
Luta que segue!
Maria Fernanda Arruda é escritora e articulista do Correio do Brasil.