O total de domicílios com aparelho de televisão que não tinham antena parabólica, nem TV por assinatura, nem digital aberta passou de 28,5%, em 2013, para 23,1%, em 2014, e chegou a 19,7%, em 2015
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Treze milhões de domicílios brasileiros, o equivalente a 19,7% do total de domicílios com aparelhos de televisão, só têm acesso ao sinal analógico aberto e correm o risco de ficar sem a programação televisiva já que está em curso no país a migração do sistema analógico para o digital.

O total de domicílios com aparelho de televisão que não tinham antena parabólica, nem TV por assinatura, nem digital aberta passou de 28,5%, em 2013, para 23,1%, em 2014, e chegou a 19,7%, em 2015
As informações estão no Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015. Divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O total de domicílios com aparelho de televisão que não tinham antena parabólica, nem TV por assinatura. Nem digital aberta passou de 28,5%, em 2013, para 23,1%, em 2014, e chegou a 19,7%, em 2015.
– Apesar de ser um número alto, tem mostrado redução ano a ano. Há ainda esses 13 milhões de domicílios que, se hoje fosse desligado o sinal analógico, ficariam sem o acesso à programação de TV. É um número alto ainda, representa quase um quinto dos domicílios que têm televisão – disse a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Araújo Beringuy.
A Região Norte continuou apresentando o maior percentual de domicílios sem nenhuma das três modalidades de acesso à programação televisiva (25,4%). Seguida do Nordeste (22%). A Região Sudeste, com 17,8¨%, é a que tem o menor percentual de domicílios que ficariam descobertos com o desligamento do sinal analógico.
De acordo com o governo federal, o desligamento do sinal analógico no território brasileiro está previsto para ocorrer até o fim de 2018.
A pesquisa do IBGE também mostrou que, pela primeira vez, o número de televisões de tela fina superou o número de televisões de tubo. Foram estimados 46,5 milhões aparelhos de televisão de tubo (44,5%) e 58,1 milhões de tela fina (55,5%) em 2015. O número de televisões de tela fina aumentou 7,6% em relação a 2014.
A área rural ainda apresenta a maior proporção de televisões de tubo (68%). Enquanto a área urbana tem o maior percentual de aparelhos de tela fina (58,3%).
Para a pesquisadora do IBGE, Helena Oliveira Monteiro. O aumento do número de televisões de tela fina nas residências ocorre por uma substituição tecnológica por aparelhos mais modernos. “Também o desligamento do sinal de TV analógica vai acelerar essa substituição”, disse.
TV digital
A televisão estava presente em 97,1% dos 68 milhões de domicílios brasileiros em 2015. Mantendo a mesma proporção observada em 2014. O levantamento mostrou que 45,1% dos domicílios tinham televisão digital aberta. Em 2014, 39,8% dos domicílios tinham acesso à TV digital e, em 2013, o índice era 31,2%.
A televisão digital aberta se expandiu tanto na área rural quanto na urbana. Mas, em termos percentuais, a diferença persiste. A modalidade está presente em 17,6% dos domicílios da área rural e 49,4% da área urbana.
Houve aumento em todas as regiões, com destaque para o Sudeste. Pela primeira vez foi a única que alcançou mais da metade (53,1%) dos seus domicílios com acesso à TV digital aberta. Em 2014, apenas o Distrito Federal tinha mais da metade dos seus domicílios com TV digital aberta. Este ano, o DF aumentou para 61,4%. Mas São Paulo (59,4%), o Espírito Santo (51,4%) e Paraná (50,5%) ultrapassaram pela primeira vez o patamar de 50%.
TV por assinatura
No país, a proporção de domicílios com TV por assinatura manteve-se estável em relação a 2014 (32,1%). Segundo Helena Oliveira Monteiro, não é possível afirmar que essa estabilidade seja reflexo direto da crise econômica.
– Não é possível afirmar que essa estabilidade (entre 2014 e 2015) passa só pela questão do rendimento. Mas, hoje em dia, passa pela escolha do consumidor que está migrando para outros tipos de programação televisiva que não apenas a TV por assinatura, como o Netflix – comentou.
O post BGE: 13 milhões de domicílios no Brasil só têm TV analógica aberta apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.