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Indústria leva tombo e ainda não se levantou, diz o IBGE

febrero 1, 2017 16:39 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O resultado é o terceiro pior da indústria para um ano na série histórica iniciada em 2002, perdendo apenas para 2015. A queda foi a 8,3% na produção. Perde ainda para 2009, com recuo de 7,1%

Por Redação – do Rio de Janeiro

A indústria brasileira fechou 2016 com queda de 6,6% na produção, terceiro ano seguido de perdas diante da fraqueza nos investimentos e da demanda interna frente à recessão no país.

indústria

As expectativas da Anfavea para a indústria de veículos este ano indicam retração de 5,5% na produção

O resultado é o terceiro pior para um ano na série histórica iniciada em 2002, perdendo apenas para 2015, com queda de 8,3% na produção, e para 2009, com recuo de 7,1%.

Só em dezembro, a produção avançou 2,3% sobre o mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de alta de 2,1% e o melhor resultado para o mês desde 2011 (+2,7%). Mas o resultado não é suficiente para indicar reversão no setor.

Trajetória

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com dezembro de 2015 houve perda de 0,1%, contra expectativa de queda de queda de 0,9%.

– Mesmo com essa melhora em dezembro, está longe ainda de representar uma reversão de tendência. Há questões conjunturais que precisam ser resolvidas para se pensar em reversão de trajetória – afirmou o economista do IBGE André Macedo.

O IBGE apontou que o pior desempenho em 2016 veio da categoria Bens de Capital, uma medida de investimento, que registrou no ano perdas de 11,1%, pressionada principalmente por bens de capital para equipamentos de transporte e para fins industriais.

As perdas foram generalizadas, com a produção de Bens Intermediários recuando 6,3% e a de Bens de Consumo com queda de 5,9%.
As maiores influências negativas no ano passado foram exercidas por indústrias extrativas (-9,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).

Automóveis

Na comparação mensal, Bens de Capital foi a única categoria a apresentar queda em dezembro, de 3,2%. Sobre novembro o destaque foi a alta de 6,5% na produção de Bens de Consumo Duráveis.

Dos 24 ramos pesquisados, 16 apresentaram alta sobre novembro, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias. O segmento subiu 10,8%, melhor resultado desde junho de 2016 (11,7%).

De acordo com Macedo, o aumento da produção de veículos automotores que impulsionou o resultado da produção em dezembro pode ter sido um movimento de antecipação diante da expectativa de alta nos preços do aço.

— Mais parece um movimento de redução de custos do que aumento de demanda. Os estoques dos carros e caminhões continuam um problema não totalmente resolvido — explicou.

Mais otimista

A indústria vem sofrendo com dois anos de recessão, além da fraqueza da confiança de empresários que limita investimentos. O desemprego alto também vem prejudicando a demanda dos consumidores.

— Todas as características negativas de 2016 permanecem. Mercado de trabalho continua com menos ocupados, renda menor, endividamento alto. A melhora por conta da política monetária pode vir no futuro, mas não automaticamente — afirmou o economista do IBGE, referindo-se ao ciclo de corte da Selic iniciado pelo Banco Central.

A confiança da indústria iniciou o ano em alta diante da situação atual mais otimista e também com a melhora das expectativas, atingindo o maior nível desde maio de 2014 segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa dos economistas consultados é de expansão da produção industrial este ano de 1%, chegando a 2,10% em 2018.

Isso com projeção de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça respectivamente 0,50 e 2,20%.

Pequena alta

A produção industrial brasileira registrou alta de 2,3% em dezembro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 0,1%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 2,1% na variação mensal e de 0,9% na base anual.

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Origen: http://www.correiodobrasil.com.br/industria-leva-tombo-ainda-nao-levantou-diz-ibge/

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