Os bandidos são acusados de fraudar mais de R$ 48 milhões em recursos públicos
Por Redação, com agências – do Rio de Janeiro:
Nova prisão dos irmãos Valter e Wagner Pelegrine, responsáveis pela OS (organização social) Biotech, foi determinada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta quarta-feira. Eles foram presos durante a Operação Ilha Fiscal, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio.
No dia 21 de dezembro do ano passado, havia sido concedida a prisão domiciliar aos acusados de superfaturar contratos da empresa que administrava hospitais municipais Pedro II e Ronaldo Gazola. Mas, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) cassaram a liminar.
Os bandidos são acusados de fraudar mais de R$ 48 milhões em recursos públicos. Pelos crimes, 37 pessoas foram denunciadas pelo Gais (Grupo de Atuação Integrada na Saúde) do MP à Justiça, dentre as quais constam integrantes da OS, administradores das empresas contratadas e um ex-subsecretário municipal de Saúde.
Segundo o voto publicado pelo relator do processo, desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, não compete ao plantão judiciário apreciar um pedido de liberdade que poderia ter sido formulado ao juiz natural do processo.

Alguns fatos destacaram-se no processo como a ocultação dos verdadeiros endereços residenciais por parte dos réus em conversas flagradas em escutas telefônicas e indícios de uma suposta identidade falsa de Valter, também identificado sob o nome de Waldeir Nóbrega Silveira, o que corrobora para a decretação da prisão preventiva.
– A decisão aponta claramente a necessidade do acautelamento dos pacientes, com vistas a garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal, considerando a gravidade concreta das condutas delituosas perpetradas pelos pacientes – diz o magistrado.
Ação de falsário
Um grupo de falsários têm usado o nome do Hospital do Fundão para extorquir familiares de pacientes que estão internados. A Direção do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) alerta que todos os procedimentos realizados na unidade são gratuitos e que não há qualquer cobrança por medicamentos, cirurgias, exames e atendimentos.
A unidade é um hospital escola credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Pacientes ou parentes não devem pagar e nem mesmo depositar dinheiro para pessoas que se identificaram como funcionárias do Hospital do Fundão. Qualquer solicitação desta natureza deverá ser comunicada à polícia por ser considerado golpe.
Operação Segurança Presente
Agentes da Operação Méier Presente, parceria entre a Secretaria de Estado de Governo e o Sistema Fecomércio RJ, prenderam na tarde de terça-feira, Anderson Mourão de Almeida, de 36 anos, que estava foragido da Justiça. Ele foi o 50º mandado de prisão cumprido pelos agentes da Operação Segurança Presente em menos de dois meses de atividades. Os agentes já cumpriram, no total, até a noite de terça-feira, 52 mandados de prisão: 19 por roubo, 17 por furto, dois por homicídio, oito por tráfico de drogas e seis por outros crimes.
Anderson tentou fugir ao sentir a aproximação dos agentes, mas foi capturado e encaminhado para averiguação na 26ª DP (Méier). Na delegacia foi verificado que contra ele havia um mandado de prisão pendente por furto qualificado. Ele tem em sua ficha criminal duas passagens por furto qualificado e informou na delegacia que é morador da cidade de Maricá.
Ainda no Méier, um carro roubado foi recuperado, nesta terça-feira, na Rua Engenheiro Julião Castelo, quando os agentes encontraram um veículo sem placas e com os quatro pneus vazios. O automóvel havia sido roubado no bairro de Piedade. A Polícia Civil acionou o Pátio Legal para fazer o recolhimento do carro.
No mesmo bairro, o gerente de uma farmácia entrou em contato com a Operação Méier Presente para relatar um furto no estabelecimento. Com a descrição do suspeito, os agentes localizaram Antônio Vicente Pereira Gomes, de 48 anos. O flagrante de furto foi registrado na 26ª DP (Méier), onde foi verificado que Antônio tinha duas passagens por roubo e uma, por posse de entorpecentes.
Já na Lagoa Rodrigo de Freitas, os agentes foram informados que quatro homens em bicicletas provocavam transtornos na Avenida Borges de Medeiros. Durante a abordagem, um jovem de 17 anos tentou fugir, mas foi apreendido. Na 14ª DP (Leblon), foi verificado que ele era procurado pelo crime de furto desde 2013.
Em outra ocorrência, os agentes foram informados que um jovem em uma bicicleta havia roubado o celular de uma pedestre e fugiu em direção à Lagoa. Após fazer o cerco, os agentes conseguiram apreender um jovem de 17 anos, que é morador da Mangueira, ele já tinha passagem pelo crime de furto. O menor foi conduzido para a 14ª DP (Leblon) e, em seguida, para a delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).
Os agentes da Lagoa Presente também recuperaram uma bicicleta furtada na praia com um menor de 13 anos, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Quando abordado, o jovem tentou fugir, mas depois confessou o crime e foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) e, posteriormente, ao Conselho Tutelar. O menino já havia sido levado à delegacia na semana anterior, após ter roubado um celular.
No Aterro do Flamengo, os agentes da Operação Aterro Presente abordaram Wilton Ferreira Lopes, de 19 anos, que estava em posse de entorpecentes. Ao ser conduzido para a 9ª DP (Catete), foi confirmado que havia um mandado de busca e apreensão por fato análogo a tráfico de drogas. A ocorrência foi encaminhada para a DPCA, uma vez que a o registro foi feito quando ele ainda era menor de idade.
Após receber denúncias sobre um suspeito que praticava furtos na Rua do Russel, os agentes do Aterro Presente localizaram um menino, de 14 anos, com um celular que não sabia fazer o desbloqueio. Ele foi conduzido à 9ª DP (Catete), onde a verdadeira proprietária do telefone foi identificada. O jovem foi apreendido em flagrante por furto.