De acordo com a Polícia Federal, os alvos desta 36ª fase são dois operadores financeiros, Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran. Os procuradores da força-tarefa que investiga os crimes apurados
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Na 36ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Dragão, policiais federais cumpriram nesta quinta-feira 18 mandados judiciais em cidades de São Paulo, do Paraná e Ceará. Entre os mandados, dois são de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão.

Na 36ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Dragão, policiais federais cumpriram nesta quinta-feira 18 mandados judiciais
De acordo com a Polícia Federal, os alvos desta 36ª fase são dois operadores financeiros. Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran. Os procuradores da força-tarefa que investiga os crimes apurados no âmbito da Lava Jato afirmaram ter evidências de que Assad e Duran movimentaram recursos originários de operações fraudulentas. Entre empreiteiras e empresas com sedes no Brasil, envolvendo funcionários da Petrobras e executivos.
Duran é suspeito de, sozinho, ter lavado dezenas de milhões de reais destinados ao esquema por vários envolvidos no pagamento de propinas. Como a UTC Engenharia e a Mendes Júnior, que teriam repassado ao operador, respectivamente, R$ 9,1 milhões e R$ 25,5 milhões.
A força-tarefa afirma que outras empresas contratadas pela administração pública e investigadas pela Lava Jato depositaram mais de R$ 18 milhões nas contas de empresas de pessoas jurídicas por ele controladas com o mesmo propósito.
O nome Dragão, dado à investigação policial, é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de “operação dragão”. Os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil. A partir de pagamentos realizados no exterior.
São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro. Aproximadamente 90 policiais estiveram nas ruas nesta manhã cumprindo os mandados judiciais.
Ex-secretário do PT
O juiz federal Sérgio Moro aceitou na quarta-feira denúncia oferecida pelos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato contra o ex-secretário do PT Silvio Pereira. Mais quatro investigados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão, todos os acusados se tornam réus.
A denúncia foi recebida pelo juiz em tempo recorde, 24 horas. Após o documento ser registrado no sistema de processo eletrônico da Justiça Federal em Curitiba.
De acordo com a denúncia, em 2004. A empreiteira GDK pagou R$ 6,8 milhões de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Pedro Barusco e Sílvio Pereira. Para ser favorecida em uma licitação para obras em um campo gás da estatal. Em troca do suposto favorecimento, Pereira recebeu um carro da marca Land Rover, segundo a acusação.
O recebimento do carro foi investigado no inquérito da Ação Penal 470, o mensalão, em 2005. Mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez um acordo judicial e Silvio Pereira não foi julgado. No entanto, durante as investigações da Lava Jato. Delatores afirmaram que Pereira era responsável por acompanhar os contratos da Petrobras em nome do PT.
Silvio Pereira foi preso em abril durante a 27ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Carbono 14, mas foi solto posteriormente pelo juiz Moro.
O post Lava Jato: nova fase tem como alvo operadores financeiros apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.