O falecimento foi anunciado pela própria escuderia, que pertence desde o ano passado ao grupo de investimentos americano Dorilton Capital. Frank havia sido internado na última sexta-feira e morreu “pacificamente”, rodeado por sua família. A causa da morte, no entanto, não foi divulgada.
Por Redação, com ANSA – de Londres
Morreu neste domingo, aos 79 anos, o britânico Frank Williams, fundador da equipe Williams Racing, uma das mais vitoriosas da história da Fórmula 1.
Frank Williams havia se afastado do comando da Williams em 2012O falecimento foi anunciado pela própria escuderia, que pertence desde o ano passado ao grupo de investimentos americano Dorilton Capital.
“É com grande tristeza que, em nome da família Williams, a equipe pode confirmar a morte de Sir Frank Williams, fundador e ex-chefe de equipe da Williams Racing, aos 79 anos”, diz o comunicado.
Frank havia sido internado na última sexta-feira e morreu “pacificamente”, rodeado por sua família. A causa da morte, no entanto, não foi divulgada.
Fórmula 1
O CEO da escuderia, Jost Capito, afirmou que Frank foi uma “lenda e um ícone” do automobilismo. “Sua morte marca o fim de uma era para nossa equipe e para a Fórmula 1. Ele era único e um verdadeiro pioneiro”, declarou o executivo.
Fundada em 1977, a Williams viveu seu auge nas décadas de 1980 e 1990 e conquistou nove títulos de construtores e sete de pilotos: Alan Jones (1980), Keke Rosberg (1982), Nelson Piquet (1987), Nigel Mansell (1992), Alain Prost (1993), Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997).
Foi nessa época que a equipe enfrentou seu episódio mais doloroso: a morte do tricampeão Ayrton Senna em um acidente em Ímola, na Itália, em 1994.
O time de Grove teve raros momentos de protagonismo desde o título de Villeneuve, e seus melhores resultados neste século são os vice-campeonatos de construtores em 2002 e 2003, quando a equipe tinha como pilotos o alemão Ralf Schumacher e o colombiano Juan Pablo Montoya.
A Williams também viveu bons momentos em 2014 e 2015, quando o finlandês Valtteri Bottas e o brasileiro Felipe Massa a levaram à terceira posição no mundial de equipes. Nas três temporadas mais recentes, no entanto, o time terminou em último lugar.
Cadeirante desde um acidente automobilístico em 1986, Frank se afastou do comando da Williams em 2012, abrindo espaço para a filha Claire, e a família deixou a equipe no ano passado, após a venda para a Dorilton Capital.
Além de Piquet, Senna e Massa, também passaram por Grove os brasileiros Antonio Pizzonia, Rubens Barrichello e Bruno Senna.
Homenagens
Em seu perfil no Instagram, o britânico George Russell, principal piloto da Williams e que guiará pela Mercedes em 2022, disse que Frank era um “ser humano genuinamente incrível” e que sempre se lembrará das risadas que compartilharam.
– Ele foi muito mais que um chefe, ele foi um mentor e um amigo para todos que se juntaram à família Williams Racing. Foi uma verdadeira honra correr para ele e ser uma pequena parte desse legado incrível que ele deixa – acrescentou.
Já o canadense Nicholas Latifi, companheiro de Russell, disse que a morte de Frank é “uma perda gigante para o esporte e para a equipe”. “Foi uma honra representar seu nome no palco mundial, e continuaremos acelerando para levar a equipe de volta para a parte de cima do grid”, afirmou.