Por Redação, com Reuters – de Hong Kong/São Paulo:
A Lenovo registrou seu maior prejuízo trimestral na história no período de julho a setembro ao absorver os custos de aquisição e reestruturação para lidar com a demanda fraca nos mercados globais de computadores pessoais e smartphones.
A maior fabricante mundial de computadores pessoais informou nesta quinta-feira que registrou prejuízo líquido de US$ 714 milhões em seu segundo trimestre fiscal, comparado com o lucro líquido de US$ 262 milhões de um ano antes. Ainda que duro, o prejuízo foi menor do que o esperado por analistas, de US$ 787,8 milhões, de acordo com a Thomson Reuters SmartEstimates.
A companhia sediada em Pequim fez duas aquisições no ano passado de vários bilhões de dólares, a unidade de celulares Motorola do Google e pelo negócio de servidores mais básicos da IBM, em resposta ao encolhimento do mercado global de computadores pessoais.
A companhia informou neste ano que vai contabilizar encargo único de US$ 900 milhões da liquidação do estoque de smartphones e dos custos de reestruturação no segundo trimestre. A companhia também planeja cortar 3,2 mil empregos fora da manufatura este ano.
A Lenovo informou em comunicado na bolsa de valores de Hong Kong que espera que os movimentos de realinhamento gerem economia de custos de US$ 1,35 bilhão na base anual.
Oi tem prejuízo
O grupo de telecomunicações Oi teve prejuízo líquido de R$ 1,021 bilhão no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 5 milhões registrado no mesmo período do ano passado diante de um crescimento no resultado financeiro negativo.
A companhia apurou queda anual de 3,6 % na geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), para R$ 2,178 bilhões.
Em termos recorrentes, o Ebitda da Oi somou R$ 1,852 bilhão, um crescimento anual de 9 %. O desempenho veio em linha com a expectativa média de analistas, de R$ 1,843 bilhão para o período.
A Oi apurou resultado financeiro negativo de R$ 1,97 bilhão no terceiro trimestre, ante R$ 995 milhões negativos no mesmo período do ano passado.
A dívida líquida da Oi somou ao final de setembro R$ 37,2 bilhões, alta de 7,5 % sobre o segundo trimestre deste ano, mas queda de 22 % na comparação anual.
A Oi terminou o setembro com queda de 4 % nas unidades geradoras de receita, que recuaram em todas as linhas, com destaque para telefonias residencial e corporativa, que caíram 5 % cada, e móvel, que teve baixa de 3,9 %.
Com isso, a receita líquida da empresa nos três meses encerrados em setembro foi de R$ 6,5 bilhões, queda de 3,3 % sobre um ano antes. A expectativa média dos analistas para a receita era de R$ 6,67 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.
O resultado veio depois que a rival TIM, com a qual a Oi tenta uma fusão, divulgou na semana passada queda de 2,7 % no Ebitda ajustado do terceiro trimestre e recuo de 50,5 % no lucro líquido também ajustado.
Em meio ao cenário de retração da companhia, a Oi informou no balanço aumento de 29,5 % nas provisões para calotes de clientes, que avançaram sobre o terceiro trimestre de 2014 para R$ 181 milhões. A linha provisões para contingências também teve aumento, de 35,7 % no período, para R$ 186 milhões.