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Líderes da revolta em presídio de Natal são identificados

15 de Janeiro de 2017, 17:34 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O número exato de mortos e feridos no presídio ainda está sendo averiguado. Em coletiva de imprensa concedida esta manhã, em Natal, Virgolino confirmou a morte de pelo menos dez detentos

 

Por Redação, com ABr – de Natal

 

As autoridades de segurança pública do Rio Grande do Norte informaram, neste domingo, já ter identificado ao menos seis presos que comandaram a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia da Floresta, região metropolitana de Natal. O motim começou perto das 17h desse sábado, após uma briga entre integrantes de facções criminosas rivais que cumprem pena na unidade, e foi contida no começo desta manhã.

Presos são conduzidos para contagem, após rebelião em um presídio federal, no Rio Grande do Norte

Presos são conduzidos para contagem, após rebelião em um presídio federal, no Rio Grande do Norte

Segundo os secretários estaduais da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e da Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, a participação de outros detentos na rebelião está sendo apurada. Todos os apenados cujo envolvimento ficar provado responderão a processos criminais, podendo ser transferidos para presídios federais de segurança máxima.

Mais mortos

O número exato de mortos e feridos ainda está sendo averiguado. Em coletiva de imprensa concedida esta manhã, em Natal, Virgolino confirmou a morte de pelo menos dez detentos. Mas não descartou a hipótese deste número ser maior. Apesar das mortes e dos danos materiais à penitenciária, o secretário da Justiça e da Cidadania classificou a operação de retomada do controle da unidade como um sucesso.

— Durante a semana, sofremos críticas dizendo que quem mandava no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte não era o Estado. Se o Estado não tivesse total controle, outras unidades prisionais tinham se rebelado, como aconteceu em 2015. Por que eu digo que foi um sucesso? Porque conseguimos evitar um maior número de mortes. O pavilhão (rebelado) tem 200 presos. Se morreram dez ou 20 é ruim. Ninguém queria que isso acontecesse, mas podiam ter morrido os 200 — disse Virgolino. Ele destacou o fato de nenhum agente penitenciário ou policial militar ter sido ferido durante a rebelião.

Facções rivais

As mortes em Alcaçuz são mais um episódio da guerra entre facções criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas, sobretudo do narcotráfico. De acordo com as autoridades potiguares, as rebeliões e as chacinas de presos registradas no Amazonas e em Roraima nos primeiros dias do ano “estimularam” os detentos do Rio Grande do Norte. Segundo Virgolino, em todas as unidades da federação do país, o clima no sistema prisional é de tensão. No decorrer da última semana, a Polícia Militar (PM) já tinha apreendido armas e celulares no interior da penitenciária.

— Como em qualquer outro canto do país, no Rio Grande do Norte há uma briga entre facções criminosas. Há uma organização de nível nacional que está tentando dominar o Brasil. E há as facções locais que tentam impedir esse crescimento — comentou Virgolino, confirmando que, no interior da Penitenciária de Alcaçuz, há detentos que afirmam pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e outros ligados à Família do Norte (FDN), facções rivais.

Identificação dos corpos

O Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) montou uma força-tarefa para identificar os detentos mortos na rebelião. Até as 17 horas deste domingo, as autoridades de segurança pública ainda não sabiam informar o número exato de presos mortos durante o motim.

Embora disponha de duas câmaras frias com capacidade para abrigar entre 20 e 30 corpos em cada uma delas, o instituto alugou um contêiner frigorífico para armazenar os corpos que chegarem de Alcaçuz. A ideia é garantir que não falte espaço caso o total de presos seja maior que o que vem sendo divulgado. O valor do aluguel não foi informado.

Número exato

Até o momento, a informação é que pelo menos dez presos morreram. Durante coletiva de imprensa, os secretários estaduais da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e da Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, deixaram claro que esse número pode ser maior e que só após a recontagem dos presos e o fim da varredura nas celas e dependências da penitenciária o número exato será conhecido.

— Alugamos um contêiner frigorífico para refrigerar os corpos das possíveis vítimas, para que eles não se deteriorem e, assim, possamos fazer a identificação mais rapidamente — disse o diretor-geral do Itep, Marcos José Brandão Guimarães, aos jornalistas.

Briga na cadeia

Os corpos dos presos estão sendo trasladados diretamente da penitenciária para o Itep. Vinte e sete profissionais da instituição foram acionados e estão de prontidão para atuar conforme a necessidade. São peritos criminais, necropapiloscopistas, odontolegistas, assistentes sociais, psicólogos, fotógrafos forenses e motoristas. Além disso, Guimarães já conversou com os responsáveis pela Polícia Técnico-Científica da Paraíba, que se colocaram à disposição caso haja necessidade.

— A identificação é um processo que envolve cotejamento de informações. Vamos entrar em contato com a Secretaria de Justiça para obter as fichas prisionais. E temos também o plantão no arquivo criminal do Itep — acrescentou Guimarães.

Segundo o governo estadual, o motim teve início por volta das 17h desse sábado. E foi contido por volta das 7h30 da manhã, depois que policiais entraram no estabelecimento. Ainda de acordo com o governo potiguar, a rebelião começou após uma briga entre presos. Todos ligados a facções criminosas rivais que cumpriam pena em diferentes pavilhões.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/lideres-revolta-presidio-natal-identificados/

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