“Eles acharam que fossem dar o golpe e tudo ficaria por isso mesmo. Temos que derrubar o governo Temer e ter novas eleições”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, no Grito dos Excluídos, após sugerir a realização de uma greve geral no país
Por Redação – de São Paulo
O Grito dos Excluídos reuniu cerca de 50 mil manifestantes contra o golpe de Estado, em curso no país, segundo os organizadores da marcha deste 7 de Setembro. O protesto leva, ainda, o ‘Fora Temer!’, que mobiliza o país inteiro pelas redes sociais, pela saída do presidente de facto e a realização de eleições diretas, amplas, gerais e irrestritas. A convocação de uma greve geral dos trabalhadores, contra o Estado de exceção em que vive o Brasil, esteve no centro dos discursos de líderes dos movimentos que integram o Grito dos Excluídos.
Estes mesmos movimentos sociais e centrais sindicais lotaram a Avenida Paulista e depois tomaram o caminho do Parque do Ibirapuera, descendo a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, lotando a via. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o ex-senador Eduardo Suplicy participaram do ato, caminhando da praça Oswaldo Cruz, próximo ao Paraíso, até a Assembleia Legislativa, perto do Ibirapuera.
Os manifestantes concentraram-se no vão do Masp para o protesto do Grito dos Excluídos, apoiado por movimentos como Central de Movimentos Populares (CMP), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Em seguida, o protesto fechou a faixa sentido Centro da avenida Paulista.
— O governo Michel Temer divulgava que uma vez aprovado o impeachment, o país seria pacificado. O que assistimos foi uma forte reação porque a sociedade entendeu que um bando de corruptos condenou uma pessoa inocente. E desde então há protestos contra sua agenda neoliberal — disse Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, voltou a pedir eleições diretas e a convocar a greve geral.
— Eles acharam que fossem dar o golpe e tudo ficaria por isso mesmo. Temos que derrubar o governo Temer e ter novas eleições — disse.
Os discursos se revezaram no carro de som, em tons semelhantes, com ênfase nas denúncias sobre a provável perda de direitos trabalhistas, segundo agenda neoliberal em curso, no Parlamento.
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