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Lula aponta riscos à democracia em ‘perigoso regresso’ à ditadura

noviembre 11, 2016 13:30 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Em ato organizado em sua defesa e da democracia, no Centro da capital paulista, Lula não poupou críticas à Operação Lava Jato

 

Por Redação – de São Paulo

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ato público realizado em São Paulo, apontou riscos à democracia brasileira. Segundo Lula, o Brasil vive um momento de “perigoso regresso” (aos tempos da ditadura). Aumentaram, nos últimos meses, as ameaça de perda de direitos, agressão às liberdades civis e a escalada da violência.

Lula acusou, frontalmente, a força-tarefa da Operação Lava Jato de agir com o único objetivo de atingi-lo, politicamente

Lula acusou, frontalmente, a força-tarefa da Operação Lava Jato de agir com o único objetivo de atingi-lo, politicamente

Em ato organizado em sua defesa e da democracia, no Centro da capital paulista, Lula não poupou críticas à Operação Lava Jato. Acusou, frontalmente, a força-tarefa de mentir. De prejudicar, segundo afirmou, não apenas o país, mas instituições como o próprio Ministério Público e a Polícia Federal. Lula repetiu que não tem problema “em prestar contas à Justiça e prestar quantos depoimentos forem necessários”. Mas condenou a prática de “condenar pessoas pelo escândalo”.

Manifesto

Em seu discurso, ao destacar atos públicos convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, como os desta sexta-feira, Lula afirmou que “o país ainda tem muitas vozes”, no sentido da resistência. O líder petista manifestou respeito pelas instituições, mas observou que isso não acontece entre os apoiadores do impeachment.

— Quem rasgou a Constituição não vai respeitá-la, nem fazer com que seja respeitada — afirmou.

Mesmo dizendo-se agradecido, o ex-presidente disse que não se sentia “confortável” em participar de um evento em sua defesa, preferindo um ato de acusação contra a força-tarefa. O evento, que reuniu centenas de pessoas na Casa de Portugal, marcou o lançamento da campanha “Um Brasil justo pra todos e pra Lula”. Foi lido o manifesto pela vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, e pelo professor e historiador Luiz Felipe de Alencastro.

Esquerdas

O texto divulgado fala em “manipulação arbitrária da lei”, prisões apenas por suspeita “perigosamente banais” e “caçada jurídica e midiática sem limites éticos ou legais”. Diz que Lula pode e deve ser investigado, mas não submetido, juntamente com sua família, “ao vale-tudo acusatório”. Até a tarde de ontem, havia mais de 600 assinaturas, segundo os responsáveis, entre políticos, artistas, intelectuais, dirigentes sindicais e representantes de movimentos sociais.

— Essa campanha não tem dono — disse o ex-ministro Gilberto Carvalho. Ele ressaltou o caráter suprapartidário da iniciativa. A campanha trata, afirmou, não apenas de Lula, mas de um processo contra a democracia e as classes mais pobres.

Também busca melhorar a comunicação e fortalecer os próprios organismos de esquerda:

— É na dinâmica da luta e do diálogo com o povo que reencontraremos a melhor forma de reconstruir nossas entidades.

Perseguidores

Em seu pronunciamento, ao lado de sua mulher, Marisa Letícia, Lula exaltou o movimento estudantil e as ocupações nas escolas.

— Eles têm de saber que a juventude de hoje não é tão boba ou inocente quanto a minha. A única razão de existir de uma escola é ensinar a ser cidadão de primeira classe — disse.

Para encerrar, Lula deixou uma mensagem ao que chamou de “nossos perseguidores”. Para que não se preocupassem com pessoas da idade dele, que já fariam quase parte do passado. Mas com o futuro que se aproxima, simbolizado pelos estudantes. E criticou o corte de gastos no setor.

— Gastem com a língua de vocês, mas não com a educação deste país, que é o mais importante investimento — aconselhou.

Quem se manifestou no ato foram justamente representantes dos estudantes e dos sem-terra. Levantaram referências às ocupações e à invasão, na semana passada, da Escola Nacional Florestan Fernandes. A instituição , ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O Coletivo de Cultura do MST fez leituras e cantou, enquanto integrantes do Levante Popular da Juventude (LPJ) e da União da Juventude Socialista apresentaram um jogral. Não houve discursos de representantes de partidos políticos, de entidades sindicais ou de movimentos.

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Origen: http://correiodobrasil.com.br/lula-aponta-riscos-democracia-perigoso-regresso-ditadura/

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