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Lula constrói estratégia para aprovar o arcabouço fiscal

15 de Maio de 2023, 15:45 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O objetivo do governo é votar o quanto antes a proposta, se possível ainda nesta semana. O texto propõe uma regra diferenciada para as contas públicas, em substituição ao atual teto de gastos, que limita o crescimento da maioria das despesas da União à inflação. Se aprovado na Câmara, o projeto será encaminhado para a análise dos senadores.

Por Redação – de Brasília e São Paulo

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizou na na manhã desta segunda-feira uma reunião com ministros e líderes do governo, no Congresso, para repassar a estratégia de tramitação para o projeto do arcabouço fiscal. O texto, atualmente, encontra-se em análise na Câmara dos Deputados.

Lula, ministrosLula reuniu seus principais ministros para articular a aprovação do novo arcabouço fiscal

O objetivo do governo é votar o quanto antes a proposta, se possível ainda nesta semana. O texto propõe uma regra diferenciada para as contas públicas, em substituição ao atual teto de gastos, que limita o crescimento da maioria das despesas da União à inflação. Se aprovado na Câmara, o projeto será encaminhado para a análise dos senadores.

Durante a reunião, Lula debateu a estratégia com ministros das áreas econômica e política, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O grupo avaliou os possíveis impactos dessas alterações e as chances de aprovação do projeto, que é considerado a principal medida legislativa do terceiro mandato do presidente.

Lula objetiva, com a nova regra, controlar o gasto público sem comprometer áreas essenciais, como saúde, educação e segurança, e garantir recursos para investimentos em obras e projetos que impulsionem a economia. A medida permitirá que o governo inicie, de fato, as transformações necessárias para que o líder popular coloque em linha o seu terceiro mandato.

Popularidade

Segundo apurou a colunista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de São Paulo (FSP), Lula tem estado “ansioso e, em alguns momentos, demonstra estar até triste com as condições adversas que enfrenta hoje que governar o Brasil. Auxiliares e ministros que despacham com frequência com Lula dizem que os momentos em que ele deixa transparecer maior decepção são aqueles em que percebe as diversas limitações que tem para fazer valer a sua vontade — e que são maiores do que as que existiam em seus dois mandatos anteriores”.

Bergamo lembra que, “entre 2003 e 2010, o petista governou com aliados de primeira hora no comando do Parlamento, tinha ascendência sobre o Banco Central, que ainda não era independente, e gozava de uma popularidade incontrastável que o ajudou a superar diversas crises”.

“Cinco meses depois de assumir o terceiro mandato, ele já sofreu derrotas no Parlamento, comandado por Arthur Lira (PP-AL), e não consegue fazer com que o Banco Central baixe os juros. Diversas outras iniciativas que teve, inclusive no plano internacional, não vingaram. Nem mesmo a escolha do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido um passeio, como foi em governos anteriores”, acrescenta a jornalista.

Apaixonado

O nome preferido de Lula para a vaga aberta por Ricardo Lewandowski no STF é o de seu advogado, Cristiano Zanin. “Há complicações, no entanto, no Senado, que precisa aprovar a indicação. Diversos parlamentares têm outros candidatos para o mesmo posto, e ameaçam travar o processo de escolha”, apurou.

  “Lula estaria, de acordo com assessores próximos, vivendo um paradoxo: se elegeu com ambições maiores do que as que tinha em eleições anteriores e determinado a, desta vez, não fazer tantas concessões como as que teve que fazer anteriormente para governar. Porém, ele tem hoje muito menos poder”, escreveu a colunista.

Segundo Mônica Bergamo, no entanto, “as aflições de trabalho contrastam com seu momento pessoal, de felicidade em que, como diz, está cada vez mais apaixonado pela mulher, Rosângela da Silva, a Janja”.


Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/lula-constroi-estrategia-aprovar-arcabouco-fiscal/

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