Nesta segunda-feira, Lula afirmou que, para recolocar o país de volta nos trilhos, não se pode permitir que “haja um golpe de Estado via impeachment” no Congresso
Por Redação – de São Paulo:
Ex-presidente da República e um dos principais aliados da presidenta Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva viaja, nesta terça-feira, à Europa. Lula visitará a Espanha e a Alemanha. Na quarta-feira, às 15h30 (horário local) participará de Conferencia Internacional do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), junto do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz. Mais tarde, às 19h30, é o convidado de um encontro na Fundação Friedrich Ebert sobre Desenvolvimento com inclusão social no Brasil: sucessos e desafios. Lula também se encontra com o vice-chanceler da Alemanha, Sigmar Gabriel.

Em Madri, no dia seguinte, às 16h30, será recebido pelo Rei Felipe VI no Palácio La Zarzuela. Um dia depois, estará no fórum O desafio dos emergentes, a partir do meio-dia. O ex-presidente participará do Diálogo a três: Novas políticas no cenário atual, com Felipe González, ex-presidente do governo da Espanha e Juan Luis Cebrián. presidente do diário conservador espanhol El País e do Grupo PRISA.
Golpe de Estado
Nesta segunda-feira, Lula afirmou que, para recolocar o país de volta nos trilhos, não se pode permitir que “haja um golpe de Estado via impeachment” no Congresso. Durante reunião com movimentos sociais e centrais sindicais, na sede do Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo, o ex-presidente afirmou que não há “base política e jurídica” para o afastamento da presidenta Dilma.
Lula: “Para recolocar o trem de volta nos trilhos, a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado”
Participaram do encontro, na capital paulista, para defender o mandato da presidenta Dilma Rousseff, os representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entre outros. Em seu discurso, Lula propõs uma “bandeira única” das entidades contra o impedimento. Na visão do ex-presidente, o que está por trás da tentativa de afastamento de Dilma é o “desejo da oposição de tirar o pobre do poder”.
— Para recolocar o trem de volta nos trilhos, a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado via impeachment no Congresso Nacional — concluiu o ex-presidente.
Ainda nesta segunda-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, também compareceu à reunião com os movimentos sociais. Em seu discurso, ele afirmou que, além de buscarem apoio nas ruas e nas redes sociais, os militantes também cobrem os parlamentares para que a comissão especial da Câmara analisará o pedido de impeachment se manifeste contra o andamento do caso.