A representação brasileira no Festival Internacional de Cinema (9 ao 19 de fevereiro) é uma das mais fortes e marcantes. São doze filmes, dois deles nas principais competições internacionais, cujo prêmio maior é um Urso de Ouro. Os dois filmes anunciados hoje serão exibidos na mostra Panorama, um longo e um curta.

Por Rui Martins, de Genebra:

Cena não censurada do curta, desenho animado, Filó, a Fadinha Lésbica

O cinema brasileiro colocou ainda mais dois filmes, um longa e um curta, no Festival Internacional de Cinema de Berlim, com início dentro de duas semanas, do 9 ao 19. 2.17, num total de doze produções.

Ambos os filmes serão exibidos na mostra Panorama. São eles: Como Nossos Pais – de Laís Bodanzky; e Vênus – Filó a fadinha lésbica, de Sávio Leite.

Berlim destaca a forte presença brasileira e considera Como Nossos Pais uma descrição do cotidiano de três gerações em São Paulo, uma exibição pirotécnica de paixões individuais e delírios existenciais, encenados com uma sublime naturalidade.

Nesse quarto filme de Laís Bodanzki, a personagem principal é Rosa, uma mulher com conflitos no trabalho, com a mãe, com a filha e com o marido. Parte das filmagens foi num casarão no bairro de Pinheiro, na capital paulistana, onde foi montado um consultório, onde Rosa se encontra com uma terapeuta a fim de tentar solucionar seus problemas sexuais com o marido.

O filme tem a música com o mesmo título, que era interpretada por Elis Regina.

Venus – Filó, a Fadinha Lésbica é um desenho animado narrado por Helena Ignez e inspirado num poema de Hilda Hilst, com o mesmo nome, sobre uma fada que “vestia-se como rapaz para enganar mocinha”.

Rui Martins estará do 6 ao 19 em Berlim, convidado pelo Festival Internacional de Cinema.

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