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Manuela e Haddad formam um novo conceito em política: candidatura de projeto

agosto 7, 2018 15:49 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O desprendimento de Haddad, de constar por enquanto na lista dos vice-presidentes, até ser promovido à cabeça de chapa, no caso de Lula ser impedido; ou sequer participar das eleições, caso os votos no líder petista sejam declarados válidos, é um fato novo no horizonte político.

 

Por Redação – de São Paulo

 

O professor Fernando Haddad (PT) e a jornalista Manuela D’Ávila (PCdoB) integram, atualmente, uma chapa que se autointitula ‘o verdadeiro triplex’ do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente preso na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), na capital paranaense. Impedido de comparecer aos atos públicos de campanha e debates com os demais candidatos, Lula nomeou o ex-prefeito de São Paulo para seu representante, nas próximas semanas, enquanto a Justiça Eleitoral decide se ele será, ou não, habilitado para que o nome conste na cédula eleitoral.

Candidato do PDT, Ciro Gomes foi poupado pela chapa petista e ainda recebeu um afago de Manuela D'ÁvilaCandidato do PDT, Ciro Gomes foi poupado pela chapa petista e ainda recebeu um afago de Manuela D’Ávila

O desprendimento de Haddad, de constar por enquanto na lista dos vice-presidentes, até ser promovido à cabeça de chapa, no caso de Lula ser impedido; ou sequer participar das eleições, caso os votos no líder petista sejam declarados válidos, é um fato novo no horizonte político. Nunca houve qualquer coisa parecida, na história republicana brasileira. Em qualquer dos casos, Manuela D’Ávila será o nome da candidata à Vice-Presidência da República que constará na urna eletrônica.

Desmonte

Haddad, na primeira entrevista coletiva na condição candidato a vice-presidente provisório na chapa de Lula (PT), garante que a fórmula derrotará as forças da extrema direita, que interromperam a sequência de governos petistas no Palácio do Planalto.

— O golpe deu errado — afirmou, aos jornalistas.

Outro ponto decisivo no projeto petista, segundo o ex-prefeito, será o desmonte das medidas adotadas durante o período do golpe de Estado.

— Estão vendendo o país e cortando direitos sociais, políticos e civis do cidadão. A Constituição de 1988 está em jogo. Estamos vendo a criminalização dos movimentos sociais e o fim dos direitos trabalhistas — afirmou.

Mea culpa

Segundo Haddad, não será necessária uma nova Constituinte para reverter os danos causados ao país, por se tratar de um longo processo de convocação. Uma vez restabelecido no governo, o partido do presidente Lula tratará de realizar as reformas necessárias para conter os danos causados durante o governo Temer. A força da transferência de votos de Lula para quem possivelmente o substitua, segundo Haddad, explica os altos níveis de apoio à legenda, no Nordeste.

— Até quem cometeu o equívoco de tomar esta trilha (do Golpe), que alguns imaginaram que seria bom para o país, não vê outro caminho além de apoiar Lula. Acho que já há um mea culpa envergonhado sobre o que fizeram e eu não vejo condições de um político do Nordeste não apoiar Lula. É natural que quem estivesse em outro campo reconheça o erro e apoie Lula, é inevitável que façam isso — afirmou.

A questão da mídia também foi alvo de comentários do hoje candidato a vice-presidente. Embora os governos petistas tenham repassado cerca de R$ 6 bilhões às Organizações Globo, ao longo dos 15 anos de governo Lula e Dilma Rousseff, a situação agora é outra, segundo Haddad.

Ele comentou o episódio constrangedor em que a jornalista Miriam Leitão rebate, em tom vacilante, as frases de um editorial repassado no ponto eletrônico, que tentava rebater as afirmações do candidato Jair Bolsonaro (PSL) em entrevista a uma das emissoras do cartel da comunicação, sobre o apoio da emissora ao golpe de 1964.

Mídia conservadora

Leitão registrou o pedido de desculpas do grupo em 2013, num editorial no jornal O Globo.

— Nós vamos esperar mais 49 anos para que eles se desculpem pelo golpe? Nós não temos 49 anos para esperar outro pedido de desculpas da Globo — afirmou Haddad.

Quanto às críticas do candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, o representante petista acredita que possam ser superadas e, “no segundo turno, o PDT vai estar conosco”.

— Sempre dissemos que vamos construir a unidade possível no primeiro turno e a unidade para a vitória no segundo turno, unidas contra o projeto do sistema — afirmou.

Também em entrevista, desta vez à mídia conservadora, a deputada estadual Manuela D’Ávila afirmou que ela e o representante petista estão prontos para vencer a eleição presidencial, em qualquer cenário. Manuela confirmou que ocupará a candidatura de vice-presidente seja a chapa encabeçada por Lula ou Haddad.

Unidade

O PT assegurou que registrará o nome de Lula para a disputa presidencial no dia 15 de agosto, mas o petista deve ser barrado devido à Lei da Ficha Limpa. Ele foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, em um processo controverso, definido por Sêrgio Moro, juiz paranaense que lidera a Operação Lava Jato.

Considerado como plano B à candidatura Lula, Haddad disse, ao lado de Manuela, que não existe nenhum acordo para ele ser algo mais do que vice neste momento.

— Quem vai tirar Temer do Jaburu sou eu. A unidade é a única forma de vencermos a eleição, juntos somos mais fortes — afirmou Manuela D’Ávila.

Afago

Após destacar o papel do vice, Manuela pediu para as pessoas verem o exemplo de José Alencar, que foi vice nos dois mandatos do ex-presidente Lula.

— Eu serei alguém como sou hoje, do povo, vou auxiliar o presidente, eu jamais faria qualquer traição ao presidente. O exemplo do último vice é que é péssimo: traiu a presidente para depois trair o Brasil — afirmou, referindo-se ao presidente de facto, Michel Temer.

Manuela também fez um afago ao presidenciável Ciro Gomes.

— O nosso compromisso é com o diálogo. Não quero pegar votos de Ciro, mas dos indecisos. Da minha parte e de Haddad, não existirá agressão ao Ciro — concluiu.


Origen: https://www.correiodobrasil.com.br/manuela-haddad-formam-novo-conceito-politica-candidatura-projeto/

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