Aos cidadãos reduzidos a servos da gleba resta torcer ou rezar para que a belicosidade do invasor não se atrite com outros cachorros grandes e resulte em nova guerra que nos arrastará como cães de coleira
Por Maria Fernanda Arruda – do Rio de Janeiro
A notícia de que se instalará um posto do exército dos EUA, com nome fantasia de centro de tecnologia ou qualquer outro que seja, deve ser a forma moderna do que antes era um desfile sob o arco do triunfo.
Hoje, quando usam mão de obra mercenária do próprio país em sua ocupação, para que tirar seus marines em folga para tal desfile? A capitulação foi antes, agora é apenas a formalização, como assinatura ou registro de transmissão de posse e domínio.
Mas o incrível e inaceitável é a vulgarização do capachismo que não tem o mínimo de disfarce.
Não se enfeita mais com falsos pendores de liberalismo de ideias ou mesmo da contumaz perseguição ao socialismo. Confortavelmente aderiu ao conquistador com armas e bagagens.
Irreversível
Aos cidadãos reduzidos a servos da gleba resta torcer ou rezar para que a belicosidade do invasor não se atrite com outros cachorros grandes e resulte em nova guerra que nos arrastará como cães de coleira. Mas em tudo, resignação por não haver outra opção, ficam os brasileiros indagando que imperativo genético produziu os abjetos políticos que nos reduziram à condição humilhante.
Entregamos nosso país ‘de porteira fechada’, como é dito nos negócios rurais, e estamos vendo alguns ansiosos por ceder o jus primae noctis até a da ‘já usada’ recata, do lar…
Para o Brasil, e nós brasileiros, é de uma gravidade incomensurável. Irreversível.
E parece que não muitos se atentam para o feito.
Fato!
Maria Fernanda Arruda é escritora, midiativista e colunista do Correio do Brasil.
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