Esta será, em 16 anos, a primeira vez que o ato acontecerá em um domingo. A expectativa da organização é que haja um aumento no número de manifestantes. São aguardadas dezenas de milhares de pessoas, de todas as regiões da cidade.
Por Redação, com BdF – de São Paulo
O tema deste ano, na já tradicional ‘Marcha da Maconha’ será: ‘Bolando o Futuro Sem Guerra’. A manifestação volta à Avenida Paulista, no centro da capital, neste domingo, para reafirmar seu posicionamento em defesa da legalização da planta e pelo fim da guerra às drogas. A concentração está marcada para às 14h20, no Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). De lá, a Marcha partirá, às 16h20, em direção à Praça da República, também na região central da Cidade.
 Os manifestantes pela liberação da maconha marcham pelo Centro de São Paulo
Os manifestantes pela liberação da maconha marcham pelo Centro de São Paulo
Esta será, em 16 anos, a primeira vez que o ato acontece em um domingo. A expectativa da organização é que haja um aumento no número de manifestantes. São aguardadas dezenas de milhares de pessoas, de todas as regiões da cidade. Uma campanha nas redes do movimento também alerta sobre a tarifa zero aos domingos, implementada no final do ano passado nos ônibus municipais, e a Paulista aberta aos pedestres.
Câmara
Após a comemoração de 15 anos do movimento, no ano passado, com o tema: ‘Antiproibicionismo por uma questão de classe – reparação por necessidade’, a Marcha ocorre agora em um outro momento político. Apesar da repressão histórica, neste ano o protesto acontece em uma conjuntura mais grave. Avança, na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui na Constituição a criminalização do porte ou posse de qualquer quantidade de drogas.
Nesta semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a PEC. Agora, uma comissão especial da Casa vai analisar a medida. Se aprovada, ela segue para análise do plenário.
— A gente espera que a PEC mobilize mais pessoas a estarem no ato. Inclusive pessoas que não são usuárias e que acreditam que a guerra às drogas é um malefício maior que o uso de qualquer droga. A gente está na luta, faz parte de uma grande mobilização nacional com relação à PEC. E no domingo é mais um dia para a gente demonstrar nossa insatisfação com esse Congresso — destacou um dos organizadores da Marcha, o fotógrafo e historiador Luiz Fernando Petty, ao site de notícias Brasil de Fato (BdF).
O grupo também divulgou um manifesto sobre o que é chamado de “maior ato de desobediência civil do país”. Uma vez que a ‘Marcha da Maconha’ se consolidou como símbolo da luta pelo fim do proibicionismo que tira a vida de “corpos negros, pobres e periféricos”, conforme resume o documento.


