A publicação, fundada ainda na década de 60, no século passado, pelo jornalista Luiz Alberto Bittencourt, leva informações exclusiva aos assinantes. Na manchete de sua edição anterior, leva o título “Tutela militar é a melhor opção para Bolsonaro”.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Antes mesmo de completar um mês à frente do Palácio do Planalto, o ex-militar Jair Bolsonaro (PSL) enfrenta dificuldades para instalar seu governo. Diante das seguidas crises que se abatem sobre o integrante da ultradireita e seus familiares, passa a pesar o risco de que seja “tutelado” por militares, conforme sugere artigo divulgado nesta terça-feira, após publicação no boletim diário de notícias Relatório Reservado (RR).
Jair Bolsonaro e filhos multiplicam patrimônio na política e chegaram à Presidência da República, no BrasilA publicação, fundada ainda na década de 60, no século passado, pelo jornalista Luiz Alberto Bittencourt, leva informações exclusiva aos assinantes. Na manchete de sua edição anterior, sob o título Tutela militar é a melhor opção para Bolsonaro, os editores adiantam que estão “em andamento as negociações para uma tutela do presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo seu vice-presidente Hamilton Mourão, e demais ministros militares prestigiados no Palácio do Planalto”.
“Trata-se de uma ação realizada em sintonia com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e os comandos das Forças Armadas. O termo negociação é pro forma”, afirma o RR.
Gnomo de Richmond
Ainda segundo a publicação “o projeto é impor limites e restrições ao comportamento e liberdade decisória de Bolsonaro, incluindo a vigilância e redução das iniciativas dos seus três filhos – Nas redes sociais e fora delas. No entorno do presidente ele é comparado a João Baptista Figueiredo, que surpreendeu inclusive aos seus camaradas pelas atitudes estapafúrdias após ser eleito. Justificou-se o comportamento de Figueiredo pela operação cardíaca que sofreu. Bolsonaro levou uma facada, mas não teria sido ela o componente emocional responsável pelo seu desarvoramento”.
“Bolsonaro simplesmente não está à altura do cargo e muito menos do time que montou. Não entende grande parte do que se discute no governo e não se empenha para isso. Ele se dirige somente a um contingente dos seus eleitores. Desrespeita os protocolos. E parece manietado pelo gnomo de Richmond, Olavo de Carvalho, em uma simbiose familiar que já incomoda os militares. Entre os generais, empresário e boa parte dos formadores de opinião melhor seria se fosse possível fazer algum acordo cordial para que Bolsonaro deixasse o cargo e Mourão o assumisse, imediatamente.
“Depois que deixou de lado a linguagem do quartel, tornando-se mais comedido, o vice-presidente tem mostrado preparo muito superior e a autoridade necessária para o exercício da função. O que se diz quase nas fuças do presidente é que ele governa para um gueto, e Mourão governaria para os brasileiros.
Bolsonarogate
“O escorpião que passeia em meio às conspirações destila a certeza que o filho Flávio Bolsonaro não tem como explicar seus atos inconfessáveis. E não é possível esterilizar as estranhas armações do jovem senador, de forma que eles não respinguem no presidente e nos demais membros do clã.
“É o bolsonarogate ou a ‘temerização’ já, no curto governo do capitão. Mourão está pronto para assumir. Basta que as condições sejam dadas.
“Por enquanto, a tutela é um primeiro estágio”, conclui.