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Militares vão a julgamento após mais de 900 dias da morte do músico Evaldo

October 13, 2021 12:36 , by Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O caso ganhou repercussão mundial. Evaldo, de 51 anos, ia com a família para um chá de bebê e o carro em que a família estava foi alvo de militares à luz do dia. O músico morreu na hora, mas seus familiares sobreviveram. 

Por Redação, com Brasil de Fato – do Rio de Janeiro

Passados mais de 900 dias das mortes do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, a Justiça Militar da União (JMU) julgará nesta quarta-feira os 12 militares em uma ação do Exército, em Guadalupe, na zona oeste do Rio de Janeiro. Na época, os militares alegaram que confundiram o carro de Evaldo, que foi alvo de 257 disparos.

A vítima, Evaldo dos Santos Rosa, morreu na hora do crime

O caso ganhou repercussão mundial. Evaldo, de 51 anos, ia com a família para um chá de bebê e o carro em que a família estava foi alvo de militares à luz do dia. O músico morreu na hora, mas seus familiares sobreviveram. O catador Luciano, de 27 anos, que estava nas proximidades, tentou ajudar a família de Evaldo e também foi atingido e morto pelos militares.

A audiência já foi reagendada três vezes pela Justiça Militar a pedido dos advogados dos réus. Os militares acusados respondem pelos seguintes crimes: homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro.

Na época do crime, ocorrido em 7 de abril de 2019, o caso ficou conhecido como o dos “80 tiros”, número de disparos que se acreditava terem sido feitos. Mas laudos produzidos durante a investigação comprovaram que o crime foi ainda mais grave: 257 disparos foram efetuados pelos militares.

Os militares abriram fogo

Segundo um parente da família, os militares abriram fogo sem realizar qualquer abordagem prévia e mesmo depois dos passageiros no banco de trás terem fugido com a criança no colo, os militares continuaram atirando. O catador Luciano Macedo, que passava pelo local, faleceu dez dias depois.

O julgamento dos assassinos por uma corte militar decorre da Lei 13.491/2017, sancionada pelo então presidente Michel Temer. Na época, o Brasil de Fato entrou em contato com o Comando Militar do Leste (CML), que respondeu que “não comenta processos em curso na Justiça Militar da União”.


Source: https://www.correiodobrasil.com.br/militares-vao-julgamento-apos-mais-900-dias-morte-musico-evaldo/

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