Foi o que bastou. Após escrever o que quis, disse o que não queria ao recuar do bombardeio à ala militar do governo. Diante da repercussão, Salles passou a falar em seu ‘respeito’ por militares e, em especial, ao general Ramos.
Por Redação – de Brasília
Ministro do Meio Ambiente, o empresário Ricardo Salles resolveu partir para a gozação a um general do Exército e depois da reação, foi levado a negar o que disse. Na manhã desta sexta-feira, Salles escreveu, no Twitter, mensagem na qual pedia que o o ministro-chefe da secretaria de Governo da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos, deixasse de ser “Maria Fofoca“.
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles resolveu partir para a ofensa pessoal contra um colega do ministério, o general RamosFoi o que bastou. Após escrever o que quis, precisou dizer o que não queria e recuou da estratégia de bombardear a ala militar do governo. Diante da repercussão, Salles passou a falar em seu ‘respeito’ por militares e, em especial, ao general Ramos.
Salles está esticando a corda com a ala militar – conforme observou a jornalista e colunista do Globo Bela Megale nesse episódio -, não é de hoje. Desde que começaram os incêndios na floresta amazônica e no Pantanal, Salles está na linha de tiro da ala militar, que quer a substituição do ministro.
Brigadistas
Esse desejo tem se intensificado nos últimos dias diante da conduta do ministro. A mais recente envolve brigadistas do Ibama, que o ministério que Salles comanda mandou retornar às suas bases de origem, deixando o fogo arder na Amazônia e no Pantanal. O motivo alegado pelo ministério para o recuo dos brigadistas: falta de verba. O que é contestado dentro e fora do governo.
Ricardo Salles tem o apoio do presidente desde as primeiras polêmicas no governo, com desdobramento em críticas dentro e fora do governo, em especial entre especialistas em meio ambiente no Brasil e no mundo.
O ministro se mantém prestigiado por Bolsonaro até mesmo quando declara, publicamente, a intenção de aproveitar a pandemia para “passar a boiada” da desregulamentação para exploração do meio ambiente, prevalecendo interesses corporativos e privados.