“É dizer, não há espaço de dúvida de que houve uma atuação concertada do governo federal para que esses benefícios de natureza variada – incremento de valores de programas sociais, aumento potencial de vagas em concursos públicos, anúncio de crédito facilitado, programas de renegociação de dívidas – fossem divulgados no período crítico da campanha”, alega Barbosa em seu parecer.
Por Redação – de Brasília
O Ministério Público Eleitoral (MPE) rejeitou a investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato a vice em 2022, Braga Netto, pelo suposto uso eleitoral da concessão de benefícios sociais. A autarquia argumenta que não existem provas de que Bolsonaro tenha interferido pessoalmente na implementação da maioria das ações, uma vez que algumas dependiam do Congresso.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado, frontalmente, de furtar joias do Erário brasileiroNo entanto, o documento, assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, considerou que houve uma concentração de anúncios de antecipação ou incremento de benefícios pelo governo em setembro e outubro de 2022, às vésperas das eleições.
Parecer
O processo deve ir a julgamento no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas ainda não tem data para acontecer.
“É dizer, não há espaço de dúvida de que houve uma atuação concertada do governo federal para que esses benefícios de natureza variada – incremento de valores de programas sociais, aumento potencial de vagas em concursos públicos, anúncio de crédito facilitado, programas de renegociação de dívidas – fossem divulgados no período crítico da campanha, o que torna possível cogitar de uma indisfarçável intenção eleitoral”, alega Barbosa em seu parecer.
PT, PV e PCdoB, partidos que apoiaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegam a campanha de Bolsonaro de conceder uma série de benefícios do governo para garantir mais um mandato na presidência. Entre os benefícios concedidos perto das eleições está a renegociação de dívidas habitacionais.