No Dia Internacional da Mulher, paralisações devem ocorrer em diversos países. No Brasil, elas lutam contra reforma da Previdência e retirada de direitos promovida pelo governo Temer
Por Redação, com RBA – de São Paulo:
Contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, que quer acabar com o direito garantido às mulheres de se aposentarem antes devido à dupla jornada de trabalho, movimentos feministas planejam uma greve geral em 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher.

Além de resistir à reforma da Previdência, protesto de mulheres também vai incluir a luta contra o machismo
– Desde o golpe contra a presidenta eleita (Dilma Rousseff). Temos vivido, nesse governo que a gente considera ilegítimo. Uma série de ataques que estão retrocedendo nos nossos direitos. Nos direitos das mulheres em geral. Mas não só, como nos direitos de toda a classe trabalhadora – afirma Thaís Lapa, integrante da Marcha Mundial das Mulheres, em entrevista à repórter Camila Salmazio, da Rádio Brasil Atual.
As ameaças aos direitos previdenciários das mulheres, a luta contra o desemprego. Além de pautas históricas do movimento feminista. Como o fim da violência de gênero e o direito ao próprio corpo também farão parte da mobilização do dia 8 de março. “São razões que a gente acha que é importante ter uma demonstração de indignação, parando a produção”, ressalta Thaís.
A mobilização, construída em conjunto com o movimento sindical, também deve contar com articulação internacional. Segundo Jolúzia Batista, assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).
Direitos das mulheres
Surgida na Suécia, cresce a ideia, que vem ganhando força em países como Brasil e Argentina, de realizar uma paralisação mundial de pelo menos uma hora em defesa dos direitos das mulheres.
– É uma mobilização difícil, porque parte da população não entendeu ainda o que significou tirar a presidenta Dilma Rousseff por uma questão que até hoje não está provada. Deram um golpe porque tinham que cumprir determinados acordos. De fato, é uma ofensiva conservadora que se coloca – detalha Jolúzia.
O 8 de março também está no calendário de mobilização dos trabalhadores da educação. Segundo a CNTE. Confederação nacional da categoria, nesse dia ocorrerão assembleias estaduais para definição de greve da categoria ainda dentro do mês.
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