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Neonazistas e xenófobos vão às ruas contra imigrantes na Alemanha

9 de Janeiro de 2016, 17:54 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Ao mesmo tempo, outros cerca de mil manifestantes de esquerda se reuniram na principal praça de Colônia com cartazes onde se lia “Os refugiados são bem-vindos”

Por Redação, com agências internacionais – de Berlim e Mainz, Alemanha

Enquanto a premiê Angela Merkel discursava na pequena Mainz, na Grande Frankfurt, quanto à sua disposição de punir imigrantes que cometeram crimes na Alemanha, um grupo de neonazistas e militantes de movimentos xenófobos marchavam nas ruas de Colônia, do outro lado do país. Merkel disse que os imigrantes penalizados devem perder o direito ao asilo, elevando o tom. Em Colônia, houve uma série de ataques sexuais contra mulheres ocorridos na véspera do Ano Novo, atribuídos aos imigrantes.

Manifestantes neonazistas reagiram à presença da polícia na praça central de Colonia
Manifestantes neonazistas reagiram à presença da polícia na praça central de Colônia

Quase duas dúzias de refugiados estão entre os suspeitos de realizar os ataques, disse a polícia nesta semana, aumentando as tensões sobre a imigração e causando críticas à recusa de Merkel de impor limites ao número de imigrantes que entram na nação.

— O direito ao asilo pode ser perdido se uma pessoa é colocada em condicional ou presa. Reincidentes que repetidamente roubam ou afrontam mulheres devem sentir a força total da lei — disse Merkel após encontro com a liderança do seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU).

Sob as leis alemãs, os refugiados em busca de asilo só são deportados se forem sentenciados a pelo menos três anos de prisão, desde que suas vidas não corram risco no país natal.

Imigrantes acossados

A polícia alemã usou, neste sábado,em Colônia, gás lacrimogênio e canhões de água para dispersar uma concentração de militantes do movimento xenófobo Pegida. Os manifestantes responderam atirando garrafas e explosivos nos policiais.

De acordo com a agência francesa de notícias France-Presse, os confrontos entre os manifestantes de extrema direita e a polícia surgiram na sequência de outra manifestação, da extrema esquerda, e de uma outra, composta maioritariamente por mulheres, que se reuniram nas escadas de uma estação de trens.

Os motivos para as manifestações foram os ataques do fim de ano contra mulheres na estação de trens de Colônia, alegadamente cometidos por árabes. Sirenes foram ligadas e a polícia aconselhou os manifestantes pacíficos a deixar o local, o mesmo onde houve uma onda de agressões na noite da passagem de ano. Na ocasião, houve registro de agressões sexuais contra mulheres.

A polícia estadual de Colônia confirmou mais de 120 queixas de agressão. As vítimas apontaram homens “de aparência árabe e do norte da África” como autores. Isso deu origem a um debate sobre a capacidade de a Alemanha integrar os quase 1,1 milhão de refugiados que procuraram o país em busca de asilo no último ano.

Esquerda unida

Entre os manifestantes, havia centenas de mulheres na marcha em Colônia, para protestar contra a violência supostamente praticada por refugiados na noite da passagem do ano.

Carregando cartazes com as frases  “Não, significa não. É o nosso direito. Fiquem longe de nós” ou “Não à violência contra as mulheres, seja em Colônia, na festa da cerveja ou no quarto”, as mulheres se manifestaram com apitos e tambores.

— Queremos segurança novamente. Estou aqui por todas as mães, filhas, netas, avós que se querem se deslocar em segurança — explicou Martina Schumeckers, música de 57 anos que organizou a marcha.

A manifestação contra as agressões sexuais a algumas mulheres na noite da passagem do ano acontecia após um comício do movimento de extrema-direita Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente que, segundo a polícia, atraiu cerca mil participantes e se confundiu com os objetivos dos neonazistas, claramente xenófobos.

Ao mesmo tempo, outros cerca de mil manifestantes de esquerda se reuniram na principal praça de Colônia com cartazes onde se lia “Os refugiados são bem-vindos” ou “O fascismo não é uma opinião, é um crime”.


Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/neonazistas-e-xenofobos-vao-as-ruas-contra-imigrantes-na-alemanha/

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