Presidente dos EUA, Donald Trump, condenou a violência dos neonazistas em Charlottesville, em uma mensagem no Twitter. Um tanto vaga, porém.
Por Redação, com BBC – de Charlottesville, EUA
Supremacistas brancos aliados a grupos neonazistas enfrentaram norte-americanos organizados em grupos antirracismo na pequena cidade de Charlottesville, no Estado norte-americano da Virgínia, ao longo deste sábado. A marcha foi convocada pela extrema-direita.
O saldo, após mais de oito horas de confrontos, foi de muitos feridos. Um carro chegou a invadir e atropelar uma multidão contrária aos neonazistas. O governo da Virgínia declarou Estado de emergência para permitir a mobilização das forças de segurança.
Neonazistas em
Charlottesville
A marcha Unir a Direita havia sido convocada devidos aos planos de remoção da estátua de um general pró-escravidão que lutou na Guerra Civil norte-americana. Presidente dos EUA, Donald Trump, condenou a violência dos neonazistas em uma mensagem no Twitter. Um tanto vaga, porém. Grupos de extrema-direita têm se organizado por todo o país desde a eleição de Trump.
“Devemos nos manter unidos e condenar tudo o que o ódio representa. Não há lugar para esse tipo de violência nos Estados Unidos. Vamos nos unir!”, diz ele.
O correspondente da agência britânica de notícias BBC nos EUA, Ricardo Senra, que cobriu a manifestação em Charlottesville, disse no início desta noite que a cidade permanecia cercada.
General Lee
“Forças de segurança cercaram a área onde houve o atropelamento. Há muitos feridos e equipes de emergência estão no local. Momentos antes, grupos de extrema direita e antifascistas trocaram agressões. Alguns supremacistas estavam armados, inclusive com spray de pimenta. Muitos também carregavam símbolos associados à extrema-direita, como bandeiras dos Estados Confederados e suásticas”, escreveu o jornalista, na página da BBC.
Segundo Senra, pouco depois de atropelar a multidão, o carro voltou a avançar em direção aos feridos. “Mais cedo, a polícia lançou bombas de gás lacrimogênio e efetuou prisões. Os manifestantes de extrema-direita, alguns carregando escudos e usando capacetes, convocaram a marcha para protestar contra os planos de remover a estátua do General Robert E. Lee”, acrescentou.
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