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No Brasil pós-golpe, mais de 12 milhões de brasileiros chegam a 2017 sem emprego

Gennaio 31, 2017 13:55 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre o emprego, divulgada nesta terça-feira, houve alta de 36% nos três meses até dezembro em relação ao mesmo período de 2015

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

 

O Brasil chega a 2017 com um número recorde de mais de 12 milhões de pessoas sem trabalho e desemprego de 12%. A renda média dos trabalhadores também fechou o ano passado em queda, num claro reflexo da crise econômica enfrentada pelo país após o golpe de Estado, em curso.

taxa de desemprego

A falta de emprego leva milhões de brasileiros a buscar alternativas para a sobrevivência

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta terça-feira, houve alta de 36% no número de desempregados nos três meses até dezembro em relação ao mesmo período de 2015. Chega ao total de 12,342 milhões de pessoas. Nos três meses até novembro eram 12,132 milhões de trabalhadores sem emprego.

— De 2014 para 2016, a desocupação cresceu 74,4%. Esse é o efeito direto da crise que começou a afetar o mercado de trabalho — explicou o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

A taxa de desemprego informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu para 12%, marcando a nova a máxima da série histórica iniciada em 2012, ante 11,9% no trimestre até novembro.

Falta de emprego

Isso aconteceu porque o número de pessoas que entraram na força de trabalho — aquelas que estão em busca de um emprego — não foi absorvido pelo mercado de trabalho, apesar das tradicionais contratações de fim ano.

O número de pessoas na força de trabalho aumentou 1,3%, ou 1,286 milhão de pessoas, no trimestre encerrado em dezembro ante o ano anterior, para 102.604 milhões de pessoas.

— Houve um movimento de busca por trabalho que acontece normalmente no fim do ano. Mas diante do ambiente econômico, não foram absorvidas todas as pessoas que estavam na fila do desemprego há algum tempo. Nem mesmo aquelas que pensavam em um oportunidade sazonal — acrescentou Azeredo.

No quarto trimestre, a população ocupada permaneceu em queda, com recuo de 2,1% no período sobre 2015, ou 1,983 milhão de pessoas a menos, para 90.262 milhões.

Renda média

A atividade que mais perdeu trabalhadores no final do ano passado foi a de construção. A queda chegou a 10,8% no trimestre até dezembro sobre o ano anterior, ou 857 mil pessoas a menos.

Já o número de trabalhadores na indústria recuou 7,7% no quarto trimestre na comparação anual. Isso representa uma queda de 955 mil pessoas.

A renda média do trabalhador no trimestre, ainda segundo a Pnad Contínua, ficou praticamente estável. Houve um ganho de 0,5% sobre o quarto trimestre de 2015m, para R$ 2.043.

Entretanto, no ano como um todo, o poder de compra da população caiu pelo segundo ano consecutivo. Desceu para um salário médio em 2016 de R$ 2.029, ante R$ 2.076 em 2015 e R$ 2.083 em 2014.

— O rendimento caiu por conta de inflação, perda de poder de compra, crise econômica e aumento da informalidade — disse Azeredo.

A forte retração econômica vivida pelo país em 2016 é o principal fator por trás da fraqueza do mercado de trabalho. Os efeitos da ruptura democrática ficam ainda mais claros quando se compara à leitura de 9,0% da taxa de desemprego no quarto trimestre de 2015.

Situação piora

A estimativa na pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters era de taxa de desemprego de 11,9% nos três meses até dezembro. Os cálculos são realizados a partir da mediana das projeções.

Segundo a consultoria Rosenberg Associados, o movimento de pessoas voltando ao mercado de trabalho ainda é incerto em 2017. Sem um vislumbre de melhora da economia, a taxa de desemprego tende a crescer.

“Nossa expectativa é de continuidade da piora da taxa de desocupação, atingindo 13,4% no primeiro trimestre e 13,2% no segundo”. A afirmação é da Rosenberg, em nota assinada pela economista-chefe Thaís Marzona Zara.

Em 2016, o Brasil perdeu 1,32 milhão de postos formais de emprego. E registrou o segundo pior resultado da série histórica iniciada em 1992. Os dados são do Ministério do Trabalho. Somente em dezembro houve fechamento de 462.366 vagas.

O post No Brasil pós-golpe, mais de 12 milhões de brasileiros chegam a 2017 sem emprego apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.


Source: http://www.correiodobrasil.com.br/brasil-pos-golpe-12-milhoes-brasileiros-2017-sem-emprego/

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