O pedido de investigação de Janot a governadores, ex-governadores e demais políticos e suspeitos sem foro no STF terão seus processos encaminhados para outras instâncias
Por Redação – de Brasília
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot está pronto a levar até o Supremo Tribunal Federal (STF), nas próximas horas, a lista que contém cerca de 80 pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos citados em depoimentos dos delatores da empreiteira Norberto Odebrecht. Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, a relação inclui desde assessores do presidente de facto, Michel Temer, a senadores e deputados.
O pedido de investigação a governadores, ex-governadores e demais políticos e suspeitos sem foro no STF terão seus processos encaminhados para outras instâncias. Os pedidos da PGR incluem, ainda, a demanda ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, para retirar o sigilo das informações.
Fachin não tem prazo definido, legalmente, para decidir sobre os inquéritos e seus sigilos. Mas, por seu histórico, a expectativa é que a análise do processo ocorra em tempo recorde. Cabe ao ministro decidir se a investigação deve ser aberta ou arquivada. Ou se desmembrará a apuração e declinará parte da competência para outras instâncias.
Mais dados
Janot prepara, ainda, dezenas de pedidos de diligências, como busca e apreensão e tomada de depoimentos. Nestas situações, os dados recolhidos da Odebrecht deverão permanecer em sigilo de justiça. “Para evitar prejuízo à investigação”, segundo o procurador. Ele ainda pretende usar informações dos delatores da Odebrecht nos inquéritos em curso.
A PGR relata, ainda, fatos e pessoas que devem ser investigados. Quando o inquérito é aberto, os investigadores reúnem provas para avaliar a presença de indícios dos crimes. Os procuradores podem, no processo, apresentar denúncias ou pedir arquivamento ao fim de cada investigação.
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