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Novas delações colocam Temer e Aécio em rota de colisão com a PF

22 de Agosto de 2017, 16:18 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Ex-amigo de Aécio Neves e parceiro no crime com Eduardo Cunha, junto com Michel Temer, depõem para reduzir suas penas.

 

Por Redação – de Brasília, Curitiba e São Paulo

 

Ex-amigo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o empresário Alexandre Accioly iniciou as primeiras tratativas com os procuradores da Operação Lava Jato para entregar o conviva mineiro das festas animadas, na noite carioca. Os advogados de Accioly procuraram a força-tarefa, nesta terça-feira, para propor um acordo de delação premiada.

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Aécio Neves, segundo relatos vazados na Polícia Federal (PF) para jornalistas da mídia conservadora, está no centro da delação de Accioly. Eles teriam participado de atos criminosos para esconder o destino de cerca de R$ 50 milhões em propinas. Em seu depoimento à Lava Jato, o ex-vice-presidente da Empreiteira Norberto Odebrecht, Henrique Serrado do Prado Valladares, disse que Neves recebeu estes valores em troca de apoio ao consórcio que disputou o leilão das usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira.

Rondônia

Accioly, segundo Valladares, disse que a empreiteira baiana pagou a propina a Aécio por meio de uma conta do então amigo, em Cingapura, no Sudeste Asiático.

“Então, (certa feita) o Dimas (Toledo, ex-diretor de Furnas e homem de confiança de Aécio) me traz um papelzinho com o nome do Accioly. Eu sabia que era amigo do (então) governador. Eu me recordo que é em Cingapura a conta — delata Valladares, em seu depoimento.

Os recursos, segundo o delator, seriam parte de um acordo para compra de apoio do PSDB no negócio que estava em curso, no interior de Rondônia.

Nova delação

Accioly teria contratado um advogado exclusivamente para negociar a delação. O escritório de advocacia de Renato de Moraes, que exerce a defesa de Accioly, não realiza acordos de delação premiada. O empresário é dono da rede de academias BodyTech, no Rio, e padrinho de um dos filhos do senador tucano.

Aécio e o presidente de facto, Michel Temer, que têm realizado uma série de reuniões nos últimos dias, com o objetivo de retomar a condução do PSDB, enfrentam mais um obstáculo. Ambos também constam da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro. Apontado como operador de propinas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Funaro teria assinado, nesta terça-feira, o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

A informação foi vazada para um dos diários conservadores cariocas, de propriedade das Organizações Globo. Os termos da delação, segundo o jornal, teriam sido fechados entre os advogados do réu e os procuradores do MPF, na reunião encerrada no início desta madrugada.

Funaro já havia adiantado, na semana passada, que não concordava com o acordo oferecido pelo MPF. Ele discordava do tempo que precisaria passar na prisão, em regime fechado. Embora os detalhes do acordo não tenham sido vazados, ainda, analistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil preveem que o doleiro tenha a pena reduzida, substancialmente, desde que entregue, diretamente, Michel Temer.

Quadrilha

O peemedebista e seu parceiro político, Aécio Neves, juntam-se a outros cerca de 40 políticos em esquemas de propinas. A maioria deles, montados na Petrobras. Antes de fechar o acordo, segundo o diálogo vazado, o operador havia dito: “Ainda há o que entregar”. Referia-se à participação de Temer nos desvios investigados. 

Após o acordo ser formalizado, os documentos e provas de crimes dos quais Funaro participou ou conhece terão destino legal. Serão enviados pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), para homologação.

Em depoimento à PF, Funaro já havia confessado que Temer sabia do pagamento de propinas na companhia estatal. O peemedebista também seria o chefe da quadrilha encastelada na Caixa Econômica Federal (CEF).

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/novas-delacoes-colocam-temer-aecio-rota-colisao-pf/

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