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Novas descobertas da PF revelam esquema de Cabral para lavar dinheiro

20 de Novembro de 2016, 16:13 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Os agentes da Polícia Federal (PF) apuram se o “banco paralelo” funcionava desde o primeiro governo Cabral. Investigam como recolhia e distribuia a propina aos favorecidos, a maioria deles, políticos do PMDB fluminense

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

 

O esquema de corrupção liderado pelo ex-governador Sergio Cabral (PMDB) revela novas facetas. Preso na operação Calicute, Cabral utilizaria os serviços de uma espécie de banco paralelo para lavar dinheiro das fraudes. Segundo os investigadores, a transportadora Trans-Expert Vigilância e Transporte de Valores, mantinha um cofre no bairro de Santo Cristo, no Rio, usado para guardar e distribuir o dinheiro ao grupo criminoso. Mas o fazia de forma irregular e livre do sistema público de controle das atividades bancárias.

Picciani, presidente da Alerj, foi citado no esquema criminoso de Sérgio Cabral

Picciani, presidente da Alerj, foi citado no esquema criminoso de Sérgio Cabral

Os agentes da Polícia Federal (PF) apuram se o “banco paralelo” funcionava desde o primeiro governo Cabral. Investigam como recolhia e distribuia a propina aos favorecidos, a maioria deles, políticos do PMDB fluminense. A descoberta surpreendeu até os mais experientes policiais da Delegacia de Repressão à Corrupção e a Crimes Financeiros (Delecor).

Calicute

A PF montou uma força-tarefa na operação batizada de ‘Farejador’ e encontrou indícios que vinculam a transportadora a Cabral. Levantou um total de R$ 25 milhões em repasses da Trans-Expert para uma empresa ligada ao ex-governador. Somou a descoberta às declarações de renda da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo na empresa. E, por último, descobriu uma reserva, em dinheiro para o ex-secretário de Obras Hudson Braga, um dos nove presos na Operação Calicute.

A Trans-Expert, mesmo antes das novas descobertas, estava na mira da Polícia Federal. Figurava na denúncia de que a empresa havia desaparecido com um total de R$ 35 milhões do Banco do Brasil. O dinheiro fora recolhido das agências bancárias mas não chegou ao destino final. Houve, ainda, um incêndio suspeito, no ano passado, que teria transformado em cinza cerca de R$ 28 milhões da Caixa Econômica Federal. O dinheiro, supostamente guardado em seu cofre, levou a PF a suspender, no início deste ano, a autorização de funcionamento da transportadora.

Picciani

O “banco paralelo”, segundo informações vazadas a um diário conservador carioca, funcionava desde o primeiro governo Cabral. As provas encontradas foram suficientes para que a Justiça Federal autorizasse a condução coercitiva do policial civil aposentado David Augusto Câmara Sampaio. Ele é apontado como o dono de fato da Trans-Expert. Segundo as investigações, Câmara ocupa, atualmente, cargo de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio.

Em setembro deste ano, durante busca e apreensão autorizada pela Justiça, a PF encontrou no escritório da empresa declarações de renda de Adriana Ancelmo. Na quebra de sigilo do ex-secretário de Obras Hudson Braga, ele perguntou, no início de 2016, a um homem chamado David, se podia “passar na empresa”. Filho de Elizete Augusto da Silva Sampaio, uma das sócias formais da transportadora, David foi nomeado em dezembro do ano passado pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani, para o gabinete do deputado Zaqueu Teixeira (PDT). Em 2013, David também trabalhou no gabinete de Cida Diogo (PT), em 2013.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/novas-descobertas-da-pf-revelam-esquema-de-cabral-para-lavar-dinheiro/

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