Obama disse que a falta de credenciais do magnata como líder fica explícita todas as vezes em que ele fala e que os eleitores norte-americanos estão cientes disso
Por Redação, com Reuters – de Washington:
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reagiu nesta quinta-feira às críticas de Donald Trump a suas ações na política externa dizendo que o candidato presidencial republicano não está apto para sucedê-lo no Salão Oval e que o público deveria pressioná-lo por causa de suas “ideias completamente doidas”.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama
Discursando no Laos ao final da segunda de duas cúpulas asiáticas, Obama disse que a falta de credenciais do magnata como líder fica explícita todas as vezes em que ele fala e que os eleitores norte-americanos estão cientes disso.
– Não acho que o sujeito tenha qualificação para ser presidente dos Estados Unidos, e toda vez que ele fala essa opinião é confirmada – disse Obama em uma coletiva de imprensa.
– A coisa mais importante para o público e a imprensa é simplesmente ouvir o que ele diz e ir adiante e fazer perguntas sobre o que parecem ser ideias contraditórias, mal informadas ou completamente doidas.
Na quarta-feira, durante um fórum televisionado assistido por militares veteranos, Trump declarou que o presidente russo, Vladimir Putin, tem sido um líder melhor do que Obama.
Trump disse que o progresso dos generais militares dos EUA tem sido bloqueado, ou “reduzido a escombros”, com Obama como comandante-chefe e a candidata presidencial democrata Hillary Clinton como sua primeira secretária de Estado. Foi a primeira vez que Trump e Hillary mediram forças no mesmo palco desde que tiveram suas candidaturas oficializadas por seus partidos em julho.
Forças Armadas dos EUA
O candidato republicano a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu na quarta-feira lançar um novo processo de crescimento militar, num momento em que ele e a sua rival democrata, Hillary Clinton, competem para ver quem seria o mais competente comandante-em-chefe e líder das Forças Armadas.
Animado por pesquisas mostrando que ele está reconquistando terreno em relação a Hillary, Trump se exibiu num discurso na Filadélfia como um defensor dos valores tradicionais republicanos sobre segurança nacional, mas com uma distinta relutância para iniciar novas guerras no Oriente Médio.
Ele afirmou que pediria ao Pentágono para apresentar um plano em 30 dias para a destruição do Estado Islâmico, se ele vencer as eleições de 8 de novembro. Contudo, ele disse que qualquer ação seria “temperada com realismo” e evitaria “derrubar regimes sem nenhum plano para o que fazer no dia seguinte”.
– Eu estou propondo uma nova política externa focada em avançar os principais interesses nacionais dos EUA, promover estabilidade regional e produzir um alívio das tensões mundiais. Isso vai exigir repensar as políticas fracassadas do passado – declarou.
O empresário de Nova York fez o discurso desta quarta em tom comedido e ofereceu mais detalhes sobre políticas de governo do que ele geralmente faz em comícios.
Ele defendeu mais centenas de novos aviões, embarcações e submarinos norte-americanos e prometeu treinar milhares de novos soldados, além de desenvolver um sistema antimísseis “de ponta”, começando com a modernização dos 22 cruzadores da Marinha a um custo de cerca de US$ 220 milhões cada um.
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