A história começa na década de 1960. Luigi Lo Rosso descobre por acaso no porão de uma casa localizada em Capri uma pintura representando um rosto feminino, distorcido e assimétrico.
Por Redação – de Roma
Toda vez que a mulher do negociante italiano Luige Lo Rosso olhava para aquele quadro pendurado na parede não poupava críticas: “Horrível”. Mas coube ao filho do casal, Andrea, levar a obra para uma avaliação básica, feita pela cientista Cinzia Altieri, grafóloga e membro do comitê científico da Fundação Arcadia — organização suíça que realiza avaliações e restaurações de obras de arte.
O retrato de Dora Maar, poetisa e fotógrafa francesa, amante de Pablo Picasso entre 1930 e 1940A história começa na década de 1960. Luigi Lo Rosso descobre por acaso no porão de uma casa localizada em Capri uma pintura representando um rosto feminino, distorcido e assimétrico. No canto superior esquerdo da pintura há uma assinatura em itálico, onde se lê “Picasso”.
Mas o negociante, já falecido, não conhecia o artista nascido em Málaga e não lhe dá a menor atenção. Enrola a tela, de forma displicente, e a leva para casa em Pompéia, na Itália. Depois de receber uma moldura básica, fica pendurado na parede da sala por mais de cinco décadas.
Fortuna
Andrea Lo Rosso foi o primeiro a se perguntar sobre aquela assinatura, depois de observar diversas obras de Picasso em uma enciclopédia. Pensa, no entanto, tratar-se de uma “cópia banal” do artista.
Após a análise, porém, soube que era o retrato de Dora Maar, poetisa e fotógrafa francesa, amante de Pablo Picasso entre 1930 e 1940, hoje avaliada em 10 milhões de euros. E se a pintura for oficialmente reconhecida pela Fundação, nos próximos dias, passará a valer o dobro da estimativa atual.