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Odebrecht fecha acordo de delação premiada e coloca políticos em polvorosa

October 25, 2016 13:35 , von Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Do governo, entre os nomes citados por Odebrecht está o do presidente de facto, Michel Temer. Ainda, dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), José Serra (Relações Exteriores) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo)

 

Por Redação – de Brasília

 

Oito meses de idas e vindas nas negociações com o juiz Sérgio Moro, titular do Tribunal Regional Federal (TRF) do Paraná, terminaram nesta terça-feira. O herdeiro da maior empreiteira do país, Marcelo Odebrecht fechou o acordo de delação premiada da empreiteira. A informação foi vazada para a mídia conservadora, que cita uma fonte próxima ao processo. Analistas políticos ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil consideram esta como a maior série de acordos de delação já firmados na história jurídica do país.

Marcelo Odebrecht sob custódia da Polícia Federal

Marcelo Odebrecht, sob custódia da Polícia Federal há quase um ano, fecha acordo de delação premiada na Operação Lava Jato

Além do ex-presidente da empresa, outros 50 outros executivos se comprometeram a denunciar cada detalhe sobre o esquema de corrupção sustentado pela construtora. As delações premiadas na Operação Lava Jato atingem, frontalmente, os três principais líderes do PSDB. O senador Aécio Neves (PSDB/MG), o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (PSDB-SP). Todos eles foram citados em delações premiadas e, agora, homologadas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Acordo abrangente

Tanto o presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, quanto Marcelo Odebrecht confessaram em juízo que os três líderes tucanos receberam propina de esquemas fraudulentos montados na Petrobras e em outras empresas públicas. Os acordos, no entanto, ainda estão aquém da expectativa dos procuradores, embora sejam ainda mais são abrangentes.

Diante de tantos delatores, a investigação tende a alinhá-los segundo a hierarquia na escala da corrupção. Prevê-se que, com os novos depoimentos, delatores como Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, e Léo Pinheiro, da OAS, serão novamente chamados. Precisarão explicar os casos de corrupção omitidos, deliberadamente, em suas delações.

Em fila

Fontes próximas à investigação confirmam que as acusações atingem “de forma democrática” líderes de todos os grandes partidos, seja no governo ou na oposição. No caixa dois da Odebrecht não havia distinção partidária ou ideológica, diz a fonte, que garante ter lido o acordo de Odebrecht. A regra, disse a jornalistas, “era exercer o pragmatismo na guerra pelos melhores contratos com a administração pública”.

Os acordos de delação tem o poder de impulsionar a Lava Jato. Ainda assim, criaram um problema de estrutura para o Ministério Público Federal. Dez investigadores estão destacados para interrogar mais de 50 delatores. Um número, ainda não confirmado, indica a existência de 68 delatores.

Temer citado

A tarefa é considerada longa e árdua. Pelos padrões da Lava Jato, um delator nunca presta menos que dez longos depoimentos. Alguns são chamados a prestar esclarecimentos por diversas vezes. Não se sabe ainda quantos depoimentos cada investigador terá que conduzir. Na falta de mão de obra, os delatores serão colocados em fila. Eles serão ouvidos conforme sua relevância na hierarquia da propina.

Na fase preliminar das negociações do acordo, Marcelo Odebrecht e outros executivos citaram cerca de 130 deputados, senadores e ministros e 20 governadores e ex-governadores. Do governo, entre os nomes citados está o do presidente de facto, Michel Temer. Ainda, dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), José Serra (Relações Exteriores) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

Os executivos também detalharam pagamentos irregulares ao deputado cassado Eduardo Cunha e aos ex-ministros do governo Lula e Dilma Antonio Palocci e Guido Mantega, além do próprio ex-presidente Lula.

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