Mais de 9 mil imigrantes chegaram à Espanha pelo mar neste ano, número que ultrapassou o total de 2016, informou a Organização Internacional para as Migrações
Por Redação, com Reuters – de Genebra:
O fluxo imigratório crescente do norte da África para a Espanha pode se tornar uma “grande emergência” se mantiver este ritmo, alertou a agência de migração da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira.
Imigrantes resgatados em um porto em Malaga, na Espanha
Mais de 9 mil imigrantes chegaram à Espanha pelo mar neste ano. Número que ultrapassou o total de 2016. Informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Nos últimos dias houve grandes resgates de imigrantes que tentavam cruzar o mar Mediterrâneo partindo do Marrocos, incluindo 300 no litoral sul espanhol.
Nesta rota, já se registraram as mortes de 121 imigrantes, enquanto em todo o ano passado foram 128.
– Segundo nossos especialistas de campo; a Espanha está passando por algo como o que a Grécia viu no início de 2015; ou a Itália ainda antes – disse o porta-voz da OIM, Joel Millman, em um boletim de notícias em Genebra.
As embarcações que zarpam rumo às praias espanholas são muito menores e levam muito menos imigrantes do que aquelas que cruzam da Líbia para a Itália; ou anteriormente da Turquia à Grécia. Mas agora estão chegando diariamente, disse.
– Obviamente, se isto crescer no ritmo em que está crescendo; pode ser uma grande emergência – alertou Millman, acrescentando que outras instituições de assistência terão que ajudar.
Número de imigrantes
Neste ano a Espanha registrou um salto no número de imigrantes chegando pelo mar ou tentando cruzar as fronteiras de seus dois enclaves norte-africanos; Ceuta e Melilla, e a expectativa é que os números dobrarão quando comparadas aos de 2016.
– No momento nossa estimativa é que 9 por cento dos que estão indo para a Espanha são crianças – disse Sarah Crowe, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Neste ano 119.069 imigrantes e refugiados já entraram na Europa pelo mar; quase 83% deles pela Itália e o restante dividido entre Grécia, Chipre e Espanha. Segunda a OIM.
Na mesma altura do ano passado foram 266.423 chegadas por toda a região, disse a entidade.
– Foram 800 mortes a menos no Mediterrâneo neste ano do que foram nesta época do ano passado – disse Millman. As cifras da OIM indicam 2.410 mortos ou desaparecidos até agora.
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