Assembleia Geral das Nações Unidas cria comissão independente para apoiar investigações sobre atrocidades cometidas durante a guerra civil no país árabe. Rússia, Venezuela, Irã e Cuba votaram contra
Por Redação, com DW – de Genebra:
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a criação de uma comissão que irá atuar como um “mecanismo internacional, imparcial e independente” para dar apoio às investigações sobre os crimes mais graves ocorridos durante a guerra civil na Síria.

Comissão visa dar apoio às investigações sobre os crimes mais graves ocorridos durante a guerra civil na Síria
O novo organismo deverá cooperar com uma comissão de inquérito sobre a Síria criada pela ONU em 2011 para. Segundo o texto da resolução, “reunir, consolidar, preservar e analisar as provas de violações das leis internacionais humanitárias, violações e abusos dos direitos humanos”.
A comissão já submeteu diversos relatórios denunciando atrocidades cometidas durante guerra, que já deixou mais de 310 mil mortos.
O texto, que teve 105 votos a favor, 15 contra e 52 abstenções, ressalta a “necessidade de garantir a prestação de contas” sobre os crimes cometidos na Síria. Encaminhando processos em nível nacional e internacional. A Secretaria Geral da ONU recebeu prazo de 20 dias para elaborar os detalhes do novo mecanismo.
A iniciativa, apresentada por Liechtenstein, teve o apoio de 58 países. Entre estes, os Estados Unidos, França, Itália e Alemanha, além de poderes regionais como a Turquia, Arábia Saudita e Catar.
Conflito
A Rússia e outros países como a Venezuela, Irã, Cuba e África do Sul votaram contra a resolução. Afirmando se tratar de uma interferência nos assuntos internos do país árabe. O Brasil se absteve da votação. A posição do governo brasileiro é que a resolução não vai permitir que as partes envolvidas no conflito negociem uma saída positiva para a crise.
O governo sírio insistiu, sem sucesso, que a votação não deveria ocorrer. Afirmando que a Assembleia Geral não tem poder para arbitrar essa questão.
Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch, pressionaram os Estados-membros para que a nova comissão fosse aprovada.
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