Compromisso entre países das Nações Unidas visa combater proliferação de bactérias, vírus e parasitas resistentes a remédios e defensivos agrícolas. Resistência antimicrobiana mata no mundo 700 mil pessoas por ano
Por Redação, com DW – de Londres:
Os países membros das Nações Unidas se comprometeram pela primeira vez, a tomar medidas globais para enfrentar a ameaça de organismos resistentes a medicamentos.
A proposta para combater a proliferação de bactérias, vírus e parasitas desse tipo abrange uma regulamentação mais rígida para o uso de drogas contra patógenos e estudos na área de medicina antimicrobiana.

Combate a infecções fica mais difícil com patógenos resistentes a medicamentos
O compromisso foi firmado durante a Assembleia Geral da ONU depois de anos de alertas de autoridades de saúde global sobre o aumento de infecções resistentes a medicamentos, que ameaçam acabar com todos os antibióticos e antifúngicos, deixando o mundo mais vulnerável a esses organismos.
– A resistência antimicrobiana representa uma ameaça fundamental à saúde humana, ao desenvolvimento e à segurança – disse a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan.
Estima-se que 700 mil pessoas morram anualmente devido ao fenômeno conhecido como resistência antimicrobiana. Bactérias, vírus, parasitas e fungos podem se tornar resistentes a medicamentos e defensivos agrícolas, devido ao uso excessivo e incorreto das drogas que deveriam combatê-los.
Dessa maneira, o combate a infecções comuns, como pneumonia e gonorreia, a infecções pós-operatórias, tuberculose e ao vírus HIV está se tornando cada vez mais difícil.
– Se falharmos na resposta rápida e abrangente a esse problema, a resistência antimicrobiana tornará o fornecimento de uma cobertura de saúde universal de alta qualidade mais difícil e minará a produção sustentável de alimentos – disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Na declaração adotada, governos se comprometem a desenvolver planos nacionais de ação para o combate a esse problema, tendo com base o plano global OMS desenvolvido em 2015. Além disso, os países vão melhorar o monitoramento e regulamentação do uso medicamentos antimicróbicos nos setores de saúde e agricultura.
Sociedade exclui obesos
Além de afetar a saúde, a obesidade pode levar à solidão. Pessoas muito acima do peso são muitas vezes estigmatizadas, ridicularizadas ou excluídas da sociedade, aponta um estudo divulgado na Alemanha na quarta-feira.
A pesquisa, realizada pelo instituto Forsa sob encomenda da seguradora DAK, revelou que 71% dos entrevistados consideram o aspecto físico dos obesos antiestético; e 15% evitam o contato com eles. A maioria das pessoas consultadas considera que os obesos são preguiçosos e, por isso, não conseguem emagrecer.
No entanto, a obesidade pode se manifestar devido a uma série de fatores, como distúrbios metabólicos e predisposição genética. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define sobrepeso e obesidade como um acúmulo de gordura anormal ou excessivo. Estes são um grande fator de risco para uma série de doenças, como diabetes, problemas cardiovasculares, depressão e câncer.
De acordo com a nova pesquisa, a exclusão social no dia a dia e no trabalho agrava a obesidade, elevando o nível de stress, provocando mudanças no comportamento alimentar e, consequentemente, aumento de peso.
A OMS usa o Índice de Massa Corporal (IMC), peso da pessoa divido por sua altura, em metros, ao quadrado, para medir a obesidade. Se o IMC for maior ou igual a 30, a pessoa é considerada obesa. Se for igual ou maior que 25, há sobrepeso.
Antes considerados problemas somente em países desenvolvidos, a obesidade e o sobrepeso estão hoje em ascensão em países de baixa e média renda, sobretudo em áreas urbanas, aponta a OMS. Na Alemanha, um quarto das pessoas entre 18 e 79 anos de idade tem obesidade. O problema afeta um quinto dos brasileiros e 13% da população mundial.
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