Os alvos desta nova etapa da Operação Acrônimo são, segundo as autoridades policiais, suspeitos de fraudar licitações do Detran de Tocantins
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira a 12ª fase da Operação Acrônimo, iniciada em 2015 para investigar um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais, envolvendo gráficas e agências de comunicação. Os alvos desta nova etapa são, segundo as autoridades policiais, suspeitos de fraudar licitações do Detran de Tocantins.

A Polícia Federal (PF) deflagrou a 12ª fase da Operação Acrônimo, iniciada em 2015 para investigar um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais
Mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é conduzida para prestar depoimentos e liberada em seguida). E de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Tocantins e Brasília. Uma decisão judicial impede a PF de fornecer mais detalhes sobre a operação.
O deputado estadual Eduardo Siqueira (DEM) é um dos investigados levados para a Superintendência da PF a fim de prestar depoimento. Policiais federais chegaram a ir à Assembleia Legislativa de Tocantins. Mas Siqueira foi encontrado em sua casa, no começo desta manhã. Onde eles apreenderam um computador e documentos.
Depoimento
Até perto do meio-dia, o deputado continuava depondo, acompanhado pelo seu advogado. A assessoria do parlamentar informou à Agência Brasil que o mandado judicial não especificava o motivo da condução. Nem a que inquérito ele se refere. E acrescentou que o parlamentar está tranquilo e disposto a contribuir com as investigações.
Siqueira foi citado nas primeiras fases da Operação Acrônimo pelo empresário Benedito Oliveira, que fez um acordo de delação premiada com a Justiça. Afirmou ter pago propina ao deputado. Ainda na época em que o pai dele, José Wilson Siqueira Campos, era governador de Tocantins.
Segundo a assessoria de Siqueira, Bené teria citado uma quantia de cerca de R$ 600 mil. Divididas entre o deputado e o ex-diretor do Detran, coronel Julio Cesar Mamede. Alvo de outro mandado de condução coercitiva cumprido nesta quarta-feira. Na época em que a delação veio a público, Siqueira garantiu que nem ele, nem nenhum assessor recebeu, em seu nome, qualquer vantagem.
Deflagrada em maio de 2015. As investigações que resultaram na Operação Acrônimo começaram com a apreensão de R$ 113 mil em uma aeronave que pousou no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck.
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