Por Redação, com Reuters – de Buenos Aires:
Em mais de uma década, a oposição de centro-direita na Argentina, liderada pelo candidato Mauricio Macri, tem sua melhor chance para ganhar a presidência dos peronistas no segundo turno das eleições neste domingo. A presidente Cristina Kirchner, que assumiu o cargo depois do seu falecido marido, Néstor Kirchner, é reverenciada pelos pobres por seus generosos programas de bem-estar, bem como é criticada pelos controles impostos pelo casal sobre a economia ao longo de 12 anos no poder.
Impedida de buscar um terceiro mandato consecutivo, ela vai deixar o cargo no próximo mês com a Argentina profundamente dividida entre aqueles que querem que o governo continue com papel importante em suas vidas e os que apoiam as políticas de livre mercado da oposição.
Em um sinal de cansaço dos argentinos diante da economia estagnada e inflação alta, o candidato de Cristina, Daniel Scioli, perdeu sua condição de favorito após a votação de 25 de outubro, no primeiro turno.
Macri, prefeito por dois mandatos de Buenos Aires e descendente de uma família rica, tinha vantagem confortável nas pesquisas de opinião para o segundo turno. Mas, com um em cada 10 eleitores indecisos, Scioli não pode ser desconsiderado.

Papa isento
O papa Francisco, que preferiu se afastar da política argentina durante as eleições presidenciais, pediu que seus conterrâneos “votem com consciência” neste domingo. Na audiência geral da última quarta-feira, questionado por um jornalista do “DyN”, o religioso disse que os argentinos sabem sua opinião, que é preciso votar com consciência.
Nos últimos meses, Francisco evitou falar com dirigentes e tentou impedir que usassem sua imagem na campanha eleitoral.