Assessor de Temer, Padilha tinha ao menos quatro senhas para receber pagamento de caixa 2 para o PMDB, disse Carvalho Filho. As senhas eram: Foguete, Árvore, Morango e Pinguim

Por Redação – de Brasília e Porto Alegre

Chefe da Casa Civil, afastado temporariamente, o peemedebista gaúcho Eliseu Padilha quer voltar ao gabinete nesta segunda-feira. Padilha foi acusado de determinar a entrega de dinheiro não contabilizado pela empreiteira Odebrecht. Em depoimento ao TSE, na sexta-feira, o ex-diretor da empreiteira José de Carvalho Filho delatou Padilha.

Padilha foi citado por Yunes, amigo de Temer, como origem da ordem para o transporte de dinheiro sujo até seu escritório

O assessor de Temer tinha ao menos quatro senhas para receber pagamento de caixa 2 para o PMDB, disse Carvalho Filho. As senhas eram: Foguete, Árvore, Morango e Pinguim.

A assessoria do peemedebista confirmou a jornalistas que o ministro retornará ao cargo e pretende se defender das acusações. O aliado de Michel Temer está de licença médica desde o dia 24 de fevereiro, período em que passou por cirurgia para a retirada da próstata.

‘Mula’ de Padilha

Sua permanência no cargo, porém, fica cada vez mais difícil. A Procuradoria Geral da República deixou vazar, para a mídia conservadora, a intenção de investigá-lo. Padilha também foi citado no depoimento do empresário José Yunes, melhor amigo do presidente de facto, Michel Temer.

Ao Ministério Público, Yunes disse que serviu de “mula” (intermediário, no jargão do submundo) para que o assessor de Temer viabilizasse o recebimento de um pacote de dinheiro em seu escritório, entregue pelo doleiro Lúcio Funaro. Apenas algumas horas depois de Yunes falar à imprensa, o chefe da Casa Civil pediu licença do cargo. Irá se submeter a uma cirurgia na próstata, como justificou sua viagem, na quarta-feira, a Porto Alegre.

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