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Parque onde crianças foram eletrocutadas não tinha alvará

9 de Novembro de 2015, 13:58 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Por Redação, com agências – do Rio de Janeiro:

O Looping Parque, localizado no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde duas crianças foram eletrocutadas na noite de domingo, operava há duas semanas no local sem alvará de funcionamento da prefeitura. A informação é da Secretaria Municipal de Ordem Pública. Samuel Goulart Freire dos Santos, de 6 anos, morreu e outra criança, de 8 anos, ficou ferida depois de serem atingidas por uma descarga elétrica no brinquedo em que estavam.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o parque sequer fez pedido de adequação para o estabelecimento, procedimento prévio necessário para a obtenção do alvará. O advogado Hugo dos Santos Novais, que representa o parque, classificou o incidente como uma fatalidade, e explicou o motivo de o estabelecimento não ter entrado com pedido de adequação.

– O parque tinha documentos que atestavam o bom funcionamento do local. Então, isso ter acontecido foi uma fatalidade, sem dúvida. Até por isso, eles (representantes do parque) estão prestando todo tipo de apoio aos familiares. Quanto ao pedido, o Looping ainda não tinha feito por não ter conseguido juntar todos os documentos necessários à ação – explicou.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o parque sequer fez pedido de adequação para o estabelecimento
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o parque sequer fez pedido de adequação para o estabelecimento

A Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte do menino Samuel. A perícia está sendo feita e a unidade aguarda laudo do Instituto Médico-Legal. Parentes, funcionários e responsáveis pelo parque estão sendo intimados a depor, enquanto agentes fazem diligências em busca de informações que ajudem nas investigações.

Sistema prisional

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, presidida pela deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), e a Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Marcelo Freixo (PSol), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) debateram as condições das gestantes no sistema prisional do Estado do Rio nesta segunda-feira. A audiência pública foi realizada na sala 316 do Palácio Tiradentes.

– Há situações muito graves acontecendo dentro das penitenciárias. Recentemente, tivemos o caso de uma detenta do Talavera Bruce que teve um filho sozinha na solitária. O objetivo é investigar o quadro geral, se há pré-natal e se elas estão sendo assistidas – disse Freixo, acrescentando que estarão presentes na reunião representantes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

A Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Gericinó, recebeu na última sexta-feira a visita de membros das comissões de Defesa dos Diretos da Mulher e de Direitos Humanos da Alerj, que constataram falta de assistentes sociais, de defensores públicos e de medicamentos, além de infiltrações e paredes descascando mesmo no setor de saúde. Dias antes, a detenta Bárbara Oliveira de Souza dera à luz quando estava de castigo, sozinha, em uma área de isolamento da mesma Penitenciária Talavera Bruce.


Fonte: http://correiodobrasil.com.br/parque-onde-criancas-foram-eletrocutadas-nao-tinha-alvara/

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