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Pastor Marco Feliciano é citado criminalmente por tentativa de estupro

9 de Agosto de 2016, 14:12 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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A estudante de jornalismo Patrícia Lélis registrou Boletim de Ocorrência (BO) no qual acusa o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de tentativa de estupro, cárcere privado e agressão física

Por Redação – de Brasília

Lélis reafirmou as acusações em entrevista coletiva, reproduzida a seguir:

A estudante de jornalismo Patrícia Lélis registrou Boletim de Ocorrência (BO) no qual acusa o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de tentativa de estupro, cárcere privado e agressão física. Lélis integrava a juventude do PSC, partido de Feliciano. A estudante contou que foi chamada ao apartamento funcional do deputado, em Brasília, no dia 15 de junho, para participar de uma reunião. Segundo ela, ao chegar à casa do deputado, ela descobriu que ele estava sozinho e que não havia reunião. Feliciano então, segundo a estudante, tentou estuprá-la. O estupro só não ocorreu por intervenção de uma vizinha, que teria ouvido som de briga. Os fatos foram consignados, em primeira-mão, na coluna do jornalista Leandro Mazzini.

Patrícia Lélis teria sofrido uma tentativa de estupro por parte do deputado Marco Feliciano (PSC-SP)

Patrícia Lélis teria sofrido uma tentativa de estupro por parte do deputado Marco Feliciano (PSC-SP)

Ainda de acordo com a estudante, assim que deixou o apartamento funcional de Feliciano, ela foi à Câmara dos Deputados e tentou pedir ajuda a membros do PSC, entre eles o presidente do partido, Pastor Everaldo. Sem resultado. Patrícia relata que recebeu oferta de dinheiro de Everaldo, que teria entregado um saco com uma quantia que ela não sabe o valor.

Na entrevista desta tarde, Patrícia Lélis contou ainda que alguns dias depois recebeu uma oferta de emprego em São Paulo do jornalista Emerson Biazon e viajou com ele para lá. Em São Paulo, Patrícia diz ter recebido a visita de Talma Bauer, o que foi registrado pelas câmeras de segurança do hotel em que ela estava hospedada. A estudante relata que foi ameaçada pelo assessor de Feliciano e foi obrigada a entregar para ele senhas de redes sociais, que ele passou a gerenciar como se fosse ela.

— Foi à base de ameaça, ele estava armado. Tudo que eu fiz foi à base de ameaça. E não foi qualquer ameaça. Foram ameaças de uma pessoa que tinha uma arma. Porque até então, o Bauer é aposentado da polícia, ele anda armado — acrescentou.

Patrícia também contou que foi obrigada por Bauer a gravar dois vídeos nos quais falava bem do deputado e desmentia o relato que ela própria tinha feito ao jornalista Leandro Mazzini, em Brasília, acusando Feliciano da tentativa de estupro.

— Não era assim, faça o vídeo que eu vou te dar dinheiro. Não era assim. Ele falava: ‘faça o vídeo porque senão você vai morrer. A gente sabe onde você mora, a gente sabe da sua família’. Mas toda hora ele falava assim: ‘quanto você quer para esquecer esse assunto, para esse assunto morrer? — relata.

A estudante diz que conseguiu se salvar porque pediu ajuda a dois jornalistas que foram até o hotel para tentar ouvi-la. Ao relatar as ameaças aos repórteres, a estudante diz que foi levada à delegacia por eles.

O assessor de Feliciano chegou a ser detido em São Paulo na última sexta-feira (5) por causa da denúncia, mais foi liberado na madrugada de sábado. Em um vídeo postado em sua página na internet hoje, Marco Feliciano nega o caso e diz que com o tempo ficará provado que as acusações não passam de “engodo” e “mentira”.

Cunha na fita

Um dos principais aliados de Feliciano, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também foi alvo de denúncia. Desta vez, uma testemunha de acusação na ação penal que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Cunha depôs na capital paulista. O deputado acompanhou presencialmente o depoimento, que foi conduzido pelo juiz instrutor do STF Paulo Marcos de Farias, segundo informações da Justiça Federal em São Paulo.

O depoimento de Júlio Gerin de Almeida Camargo teve início na tarde passada, junto à Seção Judiciária do Estado de São Paulo, e terminou às 20h. Tanto Camargo quanto Cunha não falaram no fim da audiência e saíram pela garagem. Ricardo Gobbetti, também testemunha de acusação e que tinha depoimento marcado para esta terça-feira, foi dispensado, porque o advogado de Cunha alegou não ter sido avisado sobre seu depoimento.

Uma terceira testemunha, Leonardo Meirelles, não teria sido encontrada para receber a intimação e, por isso, não compareceu. Ambos, porém, tiveram depoimento adiado para o dia 22 deste mês.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/pastor-marco-feliciano-e-citado-criminalmente-por-tentativa-de-estupro/

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