O bloco desfilou com um enredo político, com a ministra Damares Alves; a homofobia e Bolsonaro entre os escolhidos para o ridículo. A multidão entoou “ei, Bolsonaro, vai tomar no *” e recebeu acompanhamento da bateria. Os artistas Aydar e Simoninha puxaram gritos de “ele não” e “ele nunca”.
Por Redação – de São Paulo
O Estado da Federação que votou em peso no atual presidente da República, Jair Bolsonaro, agora vai às ruas para expor o chamado ‘Mito’ ao ridículo. Um protesto carnavalesco contra Bolsonaro marcou o fim de semana, na capital paulista. Cerca de um milhão de pessoas foram às ruas para em um dos maiores blocos carnavalescos da cidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta.
O Bloco do Baixo Augusta arrastou mais de um milhão de foliões pelas ruas da capital paulistaO bloco desfilou com um enredo político, com a ministra Damares Alves; a homofobia e Bolsonaro entre os escolhidos para o ridículo. A multidão entoou “ei, Bolsonaro, vai tomar no *” e recebeu acompanhamento da bateria. Os artistas Aydar e Simoninha puxaram gritos de “ele não” e “ele nunca”.
O Acadêmicos, no ano passado, arrastou cerca de um milhão de foliões até a Consolação, segundo cálculo dos organizadores. Este ano, no entanto, a marca tende a ser superada, na previsão de quem viu a multidão que se divertia ao som de Wilson Simoninha, Maria Rita e Mariana Aydar.
Causas
Conhecido por desfiles com enredo política, o bloco seguiu no desfile com a música do grupo de rock brasiliense Legião Urbana “Que País é Esse?”. Assim, os foliões marcaram o protesto contra o autoritarismo que tem sido estimulado no Brasil pelas forças de ultradireita.
O discurso político estava também nas fantasias dos foliões. A publicitária Maria Sgarbi, 24, foi com um collant rosa em que se lia ‘pink money’. ‘É o dinheiro do público LGBT, que bomba artistas como Anitta, Valesca Popozuda, entre outros, e também pode deixá-los a partir do momento que essas causas sejam desrespeitadas’, explica.
O que mais se viu, em termos de fantasias, foram homens vestidos de rosa e mulheres, de azul, em referência à fala da ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de que cada gênero deve usar uma cor específica de roupas.”